O Ministério da Defesa britânico estima que as forças russas na Ucrânia, mesmo conservando o número de efetivos e a estrutura, diminuíram em capacidade e eficácia desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
O que era antes um contingente militar organizado transformou-se, em grande parte, em grupos de reservistas incapazes de desenvolverem operações complexas, segundo a mesma fonte.
Na mais recente avaliação divulgada hoje, o Ministério da Defesa britânico considera que, apesar de o chamado Agrupamento de Forças Combinadas da Rússia – o conjunto de forças russas ou CGF – manter aproximadamente a mesma quantidade de pessoal no campo de batalha do que há um ano, 200.000 efetivos repartidos por 70 regimentos, já não é composto por soldados profissionais ou “veículos razoavelmente modernos”.
“Agora a força está composta na sua maioria por reservistas mobilizados mal treinados e cada vez mais dependentes de equipamentos antiquados”, refere-se na avaliação.
A Rússia só é capaz agora de efetuar “operações muito simples, com base na infantaria”, em comparação com as “operações conjuntas complexas” regulares realizadas pelos militares no início da guerra.
“E mais importante, é pouco provável que tenha conseguido gerar uma reserva móvel, capaz de responder aos desafios operativos emergentes”, concluiu o ministério britânico.