Combate à corrupção e ao PS levou centenas a protesto no Largo do Rato

© Folha Nacional

“PS = Prescrição = Corrupção”. Foi esta a mensagem que o CHEGA e os apoiantes passaram, no último sábado, no cerco simbólico que organizaram em torno da sede do Partido Socialista no Largo do Rato, em Lisboa.

Entre duas a três centenas de pessoas participaram no protesto simbólico que tinha como objetivo mostrar o descontentamento para com os sucessivos casos de corrupção que minam o país e roubam milhões de euros ao erário público.

A cara de José Sócrates era bem visível na lona que os deputados do CHEGA seguraram durante a concentração, tal como a de Armando Vara e Ricardo Salgado: um ex-primeiro-ministro socialista, um ex-deputado socialista e um cúmplice do regime socialista desde o 25 de Abril.

Além do combate à corrupção, o partido de André Ventura quis protestar também contra o facto de os crimes de que é acusado José Sócrates estarem prestes a prescrever.

“Lugar de ladrão é na prisão”, gritaram os apoiantes da terceira maior força política nacional. “A corrupção tem de acabar, é demais, só destrói o nosso país”, disse ao Folha Nacional uma das centenas de apoiantes.

Um dos momentos altos do protesto, antes da chegada de André Ventura, prendeu-se com a colocação de bonecos com as caras de António Costa e José Sócrates dentro de uma cela.

O Folha Nacional sabe que a organização não tinha previsto colocá-los naquele local. Porém, como os repórteres de imagem dos órgãos de comunicação social presentes se posicionaram na plataforma destinada aos bonecos, a organização decidiu tirá-los daquele lugar para facilitar o trabalho da imprensa.

A este respeito, o Folha Nacional sabe também que a polícia não permitiu que os jornalistas se posicionassem fora do espaço reservado aos manifestantes que empunhavam cartazes e bandeiras do Partido Socialista em que a mão, ao invés de estar fechada, segurava uma nota de 100 euros, simbolizando assim a ligação entre o PS e a corrupção.

A chegada de André Ventura foi acompanhada por aplausos e gritos de apoio. “Ventura segue em frente, tens aqui a tua gente”, “CHEGA” e “Ventura”.

Num discurso de pouco mais de 20 minutos, feito depois cumprimentar os manifestantes, André Ventura lembrou que “todos se queixam que o nosso ato simbólico de cerco à sede do PS é profundamente antidemocrático”.

No entanto, frisou, “são eles que há anos destroem a nossa democracia, corrompendo a justiça, aniquilando as instituições, empobrecendo os portugueses e obrigando os novos a emigrarem para outras paragens”.

Para o presidente do CHEGA, o cerco simbólico levado a cabo é a “expressão maior de um país que se cansou destes senhores que vivem nesta sede que, desde há 50 anos, se arrogam donos da nossa democracia e das instituições.”

Por isso, apontou, “nunca um lugar foi tão bem escolhido para a sede de um partido: largo dos ratos, porque eles destroem a nossa democracia”.

Respondendo aos comentadores e jornalistas que, naquele dia de manhã questionavam a escolha do local, André Ventura explicou que esta se prendeu com o facto de o PS estar relacionado com muitos dos problemas de corrupção que existe no país.

“Não só porque estiveram meses, anos, para regulamentar a distribuição de processos que sabiam que ia beneficiar José Sócrates, como sabiam bem que quando caía nas mãos certas o processo parava e os prazos de prescrição aumentavam. Talvez por isso tenhamos visto esse mesmo juiz nomeado para um cargo europeu pelo governo do PS”, atirou.

Já em jeito de conclusão, e antes de se ouvir e cantar o Hino Nacional, André Ventura lamentou que “há 50 anos é sempre a mesma conversa”, garantindo que “vamos mandar todos os bandidos e corruptos deste país para a prisão”.

“Podem achar que nos conseguem calar, prender ou silenciar, mas as nossas ideias e aquilo em que acreditamos está já espalhado por milhões de André Ventura em todo o país. Já ninguém conseguirá calar a vontade indignada do povo português”, rematou.

Últimas de Política Nacional

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.
Isaltino Morais inaugurou o seu terceiro mandato em Oeiras com uma gala de posse de quase 75 mil euros, realizada na Cidade do Futebol e paga com dinheiro público. A cerimónia, digna de evento corporativo, levantou dúvidas sobre a legalidade do contrato relâmpago com a FPF Events.
A morte de Umo Cani e da sua filha recém-nascida no Hospital Amadora-Sintra tornou-se o símbolo do caos no SNS. Entre falhas informáticas, demissões e promessas adiadas, a ministra da Saúde recusa abandonar o cargo. Do outro lado, André Ventura dispara contra o Governo, exigindo responsabilidades políticas e denunciando o “abandono dos portugueses pelo Estado”.
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) considerou, esta quinta-feira, que os cartazes da campanha presidencial de André Ventura, com as mensagens 'Isto não é o Bangladesh' e 'Os ciganos têm de cumprir a lei', não configuram qualquer “ilícito eleitoral”.
O candidato presidencial e líder do CHEGA, André Ventura, desafiou hoje Luís Marques Mendes, Henrique Gouveia e Melo e António José Seguro, seus adversários na corrida a Belém, para um debate centrado no tema da saúde.
A PAPT - Associação Public Affairs Portugal pretende sensibilizar os candidatos presidenciais para a urgência de regulamentar a representação de interesses ('lobbying'), caso o diploma em análise no parlamento fique a aguardar a chegada de um novo inquilino a Belém.
O candidato a Belém André Ventura acusou hoje o Presidente da República de ter condicionado a aprovação das novas leis de estrangeiros e da nacionalidade e criticou-o pelo silêncio sobre a situação na saúde.
Apesar de o PS ter vencido as eleições autárquicas, Jorge Novo foi derrubado da presidência da Assembleia Municipal de Bragança, com Eduardo Malhão, do PSD, a assumir o cargo graças aos votos dos presidentes de junta.