CHEGA responsabiliza ministro pela greve dos professores diz que João Costa “é servente” das Finanças

O presidente do CHEGA responsabilizou hoje o ministro da Educação pela greve dos professores e acusou-o de ser “servente do ministro das Finanças”, apontando-lhe a saída caso não consiga resolver os problemas.

Na sua intervenção no debate de urgência na Assembleia da República sobre “greves e reivindicações dos professores”, marcado pelo seu partido, o líder do CHEGA defendeu que quem congelou a carreira dos professores foi o PS e o ex-primeiro-ministro José Sócrates, mas afirmou que “outros optaram por manter o mesmo sistema de injustiça”.

Dirigindo-se ao ministro da Educação, João Costa, presente no debate, André Ventura considerou que “não está a negociar, está a fingir que negoceia com os sindicatos e com os professores” e “põe linhas vermelhas antes de entrar na sala”.

O presidente do CHEGA considerou que é o ministro das Finanças, Fernando Medina, “que no fim manda em tudo” e deixou uma crítica a João Costa: “o senhor não é o ministro da Educação, o senhor é o servente do ministro das Finanças neste Governo”.

Ventura responsabilizou o ministro Educação pela greve dos professores e disse-lhe que se não conseguir resolver os problemas dos professores, “a porta é por ali e a saída do parlamento é mesmo aqui perto”.

Utilizando a sigla do Sindicato de Todos os Profissionais da Educação, André Ventura afirmou: “STOP à degradação das carreiras, STOP à sua arrogância ministerial, STOP à perda do poder de compra, STOP à indisciplina e às agressões que os professores sofrem, STOP ao rumo destrutivo que o Governo quer criar, STOP em nome dos professores, do ensino e em nome da escola que o Governo quer destruir”.

Pelo PS, o deputado Tiago Estevão Martins recusou que “se crie a imagem de que os professores que se manifestam são o inimigo” e defendeu que “é fundamental” que “este momento não se traduza num divórcio entre opinião pública e a classe docente”.

O deputado socialista destacou “os avanços feitos nos últimos anos” pelos governos do PS, mas salientou que “é preciso avançar no combate à instabilidade e à precariedade” e é preciso olhar “para este processo negocial com expectativa de quem sabe que há muito por fazer”.

Apontando que o “processo negocial que desencadeou estas manifestações foi aberto pelo Governo”, Tiago Estêvão Martins afirmou que “é possível avançar-se na dignificação da classe docente, com diálogo e com a abertura de quem acredita que um compromisso é possível”.

Pelo PSD, a deputada Sónia Ramos alegou que “durante sete anos o Governo ignorou os professores” e “não conseguiu resolver nenhum dos problemas do sistema educativo”.

Sónia Ramos traçou o “retrato do ensino em Portugal”: “Alterações avulsas na política educativa, burocracia crescente, falta de condições de trabalho dos professores”.

A social-democrata acusou o Ministério da Educação de “incapacidade para concluir o processo negocial com a classe docente” e de usar um “tom persecutório”, defendendo a “necessidade de um diálogo sério, ponderado e de boa-fé”,

“A Iniciativa Liberal considera que há falta de coragem no Governo para introduzir mudanças nas avaliações, para reformar, falta de coragem no eterno passa culpas. O preconceito ideológico fala mais alto, o Governo continua a insistir em centralismos, continua a insistir em ruturas”, criticou a deputada Carla Castro.

Joana Mortágua, do BE, instou o Governo a vincular “todos os professores que tem a vincular, não como arma de troca contra direitos dos professores à sua carreira, mas porque a escola pública precisa desses professores”, e a apoiar “os professores nas despesas de casa e transportes”.

A líder parlamentar do PCP, Paula Santos, apontou que “o que se exige da parte do Governo é a resposta aos problemas estruturais da escola pública, resposta às reivindicações dos professores” e considerou que as propostas que o Governo apresentou nas negociações com os sindicatos não dão essa resposta.

Também os deputados únicos do PAN e do Livre apelaram ao diálogo e à negociação com os professores.

Últimas de Política Nacional

André Ventura enfrenta hoje a Justiça por causa de cartazes de campanha que defenderam que 'Os ciganos têm de cumprir a lei'. O líder do CHEGA responde em tribunal num processo que volta a colocar frente a frente liberdade de expressão, discurso político e os limites da lei.
Enquanto a Polícia Judiciária o detinha por suspeitas de centenas de crimes de pornografia de menores e abusos sexuais de crianças, o nome de Paulo Abreu dos Santos constava, não num processo disciplinar, mas num louvor publicado no Diário da República, assinado pela então ministra da Justiça, Catarina Sarmento e Castro.
O líder do CHEGA e candidato presidencial, André Ventura, disse esperar que o Tribunal Constitucional perceba que o “povo quer mudança” e valide a lei da nacionalidade, alegando que é baseada num “consenso nacional”.
O tenente-coronel Tinoco de Faria, que abandonou a sua candidatura a Belém e declarou apoio a André Ventura, passa agora a assumir um papel central na campanha do líder do CHEGA, como mandatário nacional.
Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.