10 Maio, 2024

Imigração descontrolada lança caos em França. Será que estamos mais seguros em Portugal?

A morte do jovem Nahel, menor de ascendência árabe, num posto de controlo de trânsito, em Nanterre, nos arredores de Paris, serviu de rastilho para uma onda de violência entre jovens e a polícia francesa, que não tem paralelo na história recente do país.

O incidente foi captado pelas câmaras de vigilância que mostram a polícia a abrir fogo sobre o jovem que, após ter recebido ordem para parar se recusou a fazê-lo, tendo avançado com o carro sobre os agentes da autoridade, que acabaram por disparar sobre o jovem, originando a sua morte.

O jovem não tinha carta de condução e já tinha sido identificado em cinco operações policiais desde 2021, tendo-se recusado a cooperar em todas elas. Em setembro deste ano iria ter de se apresentar no tribunal de menores.

A justiça abriu imediatamente uma investigação ao polícia por homicídio voluntário, tendo-o colocado logo no dia 29 de junho em prisão preventiva.

Os distúrbios foram desencadeados no passado dia 27 de junho, onde Nahel foi morto, tendo o governo destacado dois mil polícias para manter a ordem, mas os atos de violência recomeçaram após o anoitecer.

Nos últimos dias estiveram destacados 45 mil polícias e gendarmes em vários pontos do país, mas sobretudo na região de Paris.

No total, mais de 40 autocarros foram incendiados desde o início dos tumultos, sendo que cada veículo do género está avaliado em 350 mil euros.

Vários locais para a realização dos eventos desportivos, especialmente na Île-de-France, estão no centro de bairros sensíveis, que têm registado uma tensão crescente após a morte do jovem de Nahel.

Só na primeira semana de tumultos foram registados, entre outros atos de violência, cerca de 5 mil veículos incendiados, quase mil edifícios destruídos total ou parcialmente, 250 ataques a esquadras de polícia e a mais de 700 membros das forças de segurança.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, considerou injustificáveis” as “cenas de violência” contra as “instituições da República”, referindo-se aos distúrbios provocados pela reação à morte do adolescente pela polícia.

Sugeriu ainda limitar as redes sociais durante os tumultos no país. “Precisamos de pensar em como os jovens usam as redes sociais… Quando as coisas ficam fora de controlo, podemos ter de regulá-las ou cortá-las”, disse, numa reunião com centenas de autarcas de todo o país, afetados pelos protestos contra a morte de Nahel.

O ministro do Interior condenou também os acontecimentos. “Câmaras municipais, escolas e esquadras de polícia” foram “incendiadas ou atacadas”, escreveu Gérald Darmanin, nas redes sociais, frisando que a violência contra “símbolos da República” é intolerável.  “Vergonha para aqueles que não apelaram à calma”, declarou o ministro.

A primeira-ministra francesa, Élisabeth Borne, anunciou que “a prioridade consiste em assegurar o regresso à ordem republicana, o que implica manter o dispositivo de segurança”.

Em paralelo, a autoridade dos transportes da região de Paris divulgou uma primeira estimativa dos danos provocados pelos protestos urbanos ocorridos nas últimas noites, admitindo “pelo menos 20 milhões de euros de prejuízos”.

De acordo com a associação patronal francesa Medef, os distúrbios já provocaram danos avaliados em cerca de mil milhões de euros: 200 estabelecimentos comerciais foram totalmente pilhados e 300 agências bancárias ficaram destruídas, assim como 250 quiosques de rua.

Em Portugal culpa-se a polícia pelo que está a acontecer

Enquanto isso, líderes de ONG’s e associações com ligações à extrema-esquerda, culpam a polícia e justificam estas ações com as condições em que estes jovens vivem.

Exemplo disso é o de José Falcão, dirigente da associação SOS Racismo, que ouvido pela TSF afirma: “Sejamos claros, aquilo foi uma execução, não foi um erro, e é normal que as pessoas reajam conforme podem. Eu não estou a defender, porque nunca fiz isso na vida de andar a incendiar carros, mas a verdade é que as pessoas fazem aquilo que podem, e se é a incendiar carros que as pessoas são ouvidas, quem é que tem direito a atirar uma pedra que seja quando essas pessoas que andam a incendiar carros são aquelas que, de manhã, se levantam às 5h00 e vão trabalhar para fazer os trabalhos que nós não queremos fazer”.

E acrescenta que “é a raiva, eles estão a lutar por aquilo que acham que é o racismo sistémico da sociedade francesa e é isso que está em causa. Tendo em conta que ninguém faz absolutamente nada ou fazem muito pouco, o que acontece com a comunidade afrodescendente ou do Magrebe faz com que as pessoas, de uma maneira ou de outra, expludam, como tem acontecido com alguma frequência”.

Por seu lado, o presidente do CHEGA, André Ventura, pronunciou-se sobre os recentes acontecimentos em França, apontando o dedo a todos aqueles que, nos últimos anos, colocam sistematicamente em causa a autoridade do Estado e da polícia.

“Independentemente de quem tenha razão no caso concreto, esta onda de violência é absolutamente injustificável”, refere Ventura.

O Presidente do CHEGA aponta ainda o dedo à imigração descontrolada: “em Portugal vai acontecer o mesmo se não pararmos esta imigração descontrolada que está a ser fomentada no nosso país. A verdade é que só o CHEGA se mostra contra a entrada descontrolada de imigrantes”.

Portugal tem assistido, de ano para ano, a um aumento de imigrantes a residir no país. Em 2022 registavam-se 757 mil estrangeiros com residência em Portugal, tendo sido concedidas 113 mil novas autorizações de residência a estrangeiros nesse mesmo ano.

A política de portas abertas que o Governo pôs em marcha, o ‘venham todos, de qualquer maneira’, sem qualquer critério e controlo, tem dado maus resultados, sendo disso exemplo o incêndio que vitimou imigrantes que habitavam um prédio na Mouraria, tendo ceifado a vida a 2 pessoas, entre os quais um jovem de 14 anos, e provocado 14 feridos, mas também os imigrantes de Odemira, a viverem sem as menores condições de segurança e higiene, atraídos por falsas promessas de trabalho e de boas condições de vida, sem qualquer tipo de controlo efetivo, muitos deles vindos de zonas de conflito onde tanto podiam ter o papel de vítimas como de agressores.

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