Guterres condena lançamento de mais um míssil balístico pela Coreia do Norte

©Facebook.com/antonioguterres

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, condenou hoje o lançamento de mais um míssil balístico de longo alcance pela Coreia do Norte.

“O secretário-geral condena fortemente o lançamento de mais um míssil de longo alcance usando tecnologia de mísseis balísticos pela República Popular Democrática da Coreia”, indicou em comunicado o porta-voz Stéphane Dujarric.

Guterres reiterou ainda os seus apelos a Pyongyang para que “cumpra plenamente as suas obrigações internacionais ao abrigo de todas as resoluções relevantes do Conselho de Segurança” e retome “o diálogo sem pré-condições que levem à paz sustentável e à desnuclearização completa e verificável da Península Coreana”, segundo a nota divulgada.

A Coreia do Norte disparou mais um míssil balístico não identificado, depois de Pyongyang ter ameaçado abater aviões espiões norte-americanos no espaço aéreo norte-coreano, anunciaram hoje as forças armadas da Coreia do Sul.

O Estado-Maior sul-coreano indicou que “a Coreia do Norte disparou um míssil balístico não identificado em direção ao mar de Leste”, nome dado pelas duas Coreias ao mar do Japão.

Também o Ministério da Defesa do Japão registou o novo disparo de um aparente míssil balístico norte-coreano, no primeiro deste tipo desde 15 de junho, indicando estar a reunir dados para avaliar se apresenta algum tipo de risco para o seu território.

Na segunda-feira, Kim Yo-jong, irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, advertiu os Estados Unidos da América (EUA) que Pyongyang responderá com “ações claras e contundentes” ao que qualificou como operações de “espionagem aérea”.

A também vice-diretora de propaganda do regime sublinhou que as ações de Washington são “claramente uma grave violação da soberania e segurança norte-coreana”.

Kim Yo-jong afirmou que “um avião de reconhecimento estratégico da Força Aérea dos EUA realizou novamente o reconhecimento aéreo da parte oriental da RPDC [República Popular Democrática da Coreia, o nome oficial da Coreia do Norte] ao entrar nos céus da Zona Económica Especial (ZEE) acima da Linha de Demarcação Militar (MDL)”, de acordo com um comunicado divulgado pela agência de notícias estatal KCNA.

O dispositivo “executou uma grave provocação militar ao realizar o reconhecimento aéreo” sobre as águas da ZEE norte-coreana, chegando a estar a cerca de 400 quilómetros da costa sudeste do país, acrescentou.

Depois do fracasso das negociações de desnuclearização de 2019, as tensões aumentaram novamente na península coreana.

Pyongyang rejeitou qualquer iniciativa de diálogo e realizou um número recorde de testes de mísseis, enquanto Seul e Washington retomaram as grandes manobras militares conjuntas e mobilizaram regularmente meios estratégicos dos EUA na região.

Últimas de Política Internacional

A antiga ministra da Economia Kemi Badenoch foi hoje anunciada a sucessora de Rishi Sunak na liderança do Partido Conservador, atualmente na oposição depois de 14 anos sucessivos no Governo.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse aos enviados norte-americanos que hoje visitaram Jerusalém que qualquer discussão para um cessar-fogo com grupo xiita libanês Hezbollah terá como prioridade a segurança de Israel.
A presidente da Comissão Europeia e o secretário-geral da NATO classificaram esta terça-feira o apoio prestado por militares norte-coreanos à Rússia como uma "ameaça séria" à segurança da Europa e do mundo, e concordaram em estreitar a cooperação.
O governo iraniano afirmou hoje que pretende aumentar o orçamento da defesa em quase 200%, um anúncio que surge dias depois de Israel ter bombardeado o Irão e quando há enorme tensão na região.
O Governo húngaro iniciou hoje um inquérito no qual pergunta aos seus cidadãos se defendem a guerra económica com a Rússia e se apoiam uma alegada introdução de imigrantes em vez de um plano húngaro de promoção da natalidade.
O candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, desloca-se hoje a Atlanta, Georgia, onde se reúne com líderes religiosos, no dia em que a adversária democrata, Kamala Harris, regressa ao Michigan.
O primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, cujo Partido Democrático Liberal (PDL, conservador de direita) perdeu a maioria na Câmara Baixa do Parlamento após as eleições gerais de hoje, reconheceu ter recebido um “duro julgamento” por parte dos eleitores.
O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, apelou hoje à contenção para evitar uma escalada regional do conflito no Médio Oriente, defendendo que o Irão não deve responder aos ataques israelitas da última madrugada.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusou-se a receber o secretário-geral da ONU, António Guterres, em Kiev devido à visita do português à cidade russa de Kazan no âmbito da cimeira dos BRICS, informou a France-Presse.
O presidente cessante do Conselho Europeu, Charles Michel, defende que a União Europeia “não deve ter medo” de encontrar novos instrumentos para gerir a pressão migratória, desde que respeitem o Direito internacional, quando se discutem centros externos para migrantes.