14 Maio, 2024

Geometria de um candidato

O longo lapso temporal entre a atualidade e os períodos eleitorais de âmbito nacional que se vislumbram no horizonte político português, eleições autárquicas ou eleições legislativas, podem ser o momento ideal para uma reflexão sobre algo tão importante e até vinculativo na vida de qualquer partido político, como são a criação de listas de candidatos, quem as encabeça, qual a sua hierarquia, quais os seus critérios de seleção.

Este é um daqueles temas que frequentemente se torna tabu na política e não tem tarefa nada fácil quem determina palavra final sobre as mesmas. 

Quem não recorda o período conturbado que o Chega viveu na sequência do Congresso de Viseu, com a moção do nosso Presidente André Ventura, que viabilizou a solução de indicar quais os representantes a votos nos Distritos de Portugal? Vivemos momentos de agitação, pois entre o apogeu da aprovação da moção e a tomada de posse dos “doze magníficos”, muitos egos inflamados fizeram de tudo para arrasar as qualidades dos escolhidos.

São fases da política, no Chega e em qualquer partido Político, dominados por um lado por aqueles que, de forma legítima aspiram a um cargo que lhes permita de forma altruísta lutar por valores e causas em que acreditam. Por outro lado temos aqueles, que numa ansiedade desmedida de protagonismo, ambição e estritos critérios individuais anseiam pelo popular “tachinho ou poleiro”. 

Se esta dualidade de critérios e valores imperam no mundo político, como fazer a sua distinção…antes da eleição? É o grande segredo da liderança política de sucesso e com a minha análise vou tentar ajudar na busca de uma solução.

Em primeiro lugar, há que distinguir a linguagem brejeira que qualifica e menospreza todos os candidatos, reduzindo a sua existência ao amiguismo, clientelismo, nepotismo ou qualquer outro “ismo” desde que seja depreciativo. Esse patamar de análise fica reservado aos analfabetos políticos.

Procuremos fazer uma reflexão com substância e conteúdo, com primeira análise das características prioritárias de um bom candidato político.

Procurar a melhor geometria individual do candidato é a alquimia do sucesso para um desempenho junto dos eleitores que reflita as causas políticas do partido que o nomeou.

Há diversos pontos fundamentais para análise, e é dentro desses que se vai fazer a hierarquia das qualidades.

Começo por referir, as competências técnicas, políticas e até oratórias, tão importantes para a diatribe política e mesmo para uma digna representação do partido político em cenários mediáticos ou meros debates políticos. 

Um candidato tecnicamente bem preparado, com uma imagem cuidada, um bom nível cultural e com capacidade de fluidez oratória, torna aparentemente a escolha evidente para qualquer lista política. Não é assim tão simples.

O CHEGA, em passado recente, fruto da sua inexperiência em constituição de listas de candidatos, foi vítima de erros de casting que se basearam em mera análise superficial desses mesmos predicados. 

Tinha formação académica, conseguia estruturar um texto e conseguia argumentar de forma meramente plausível, já podia encabeçar uma lista.

Ficou provado, como aliás já está provado em todos os partidos políticos, que um ingrediente fundamental nas qualidades de qualquer candidato passa pela simples, mas tão profunda Lealdade.

Não é uma Lealdade cega, não é o mal-afamado “Yes men” é sim alguém que acima dos seus interesses individuais, das suas ambições pessoais, coloca com linha bem definida o superior interesse dos cidadãos, do partido Chega e de Portugal.

O ideal seria conjugar e agregar no mesmo candidato, as capacidades técnicas pessoais e individuais, aliadas a um elevado nível ético, altruísta e de espirito de missão. O nosso Presidente André Ventura com toda a certeza ambiciona ter um enorme número de candidatos que reúnam todas estas características!

Se um candidato reúne competências técnicas elevadas, comparado com outro candidato, que apesar de tecnicamente mais fragilizado, se mostra inabalável na causa de servir, de aprender, de nunca perder a noção da estrutura hierarquizada que um partido político representa….Qual a opção? Mais capacidade técnica ou mais lealdade?

Em minha opinião o Partido CHEGA pode e deve apostar na Lealdade a causas, no altruísmo de servir Portugal e como sempre é necessário fomentar através de formação a capacitação técnica daqueles que por amor maior às nossas causas careçam de uma.

Portugal precisa de um CHEGA que respire profissionalismo, dedicação e empenho para trazer soluções aos Portugueses. Só com candidatos emergentes de critérios rigorosos nas diferentes variáveis já referidas, poderemos conquistar bons resultados, mas também garantir perante o país a nossa credibilidade politica para governar Portugal.

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