O verdadeiro ambientalismo reside nos conservadores

Já afirmava o grande pensador e conservador Sir Roger Scruton, “o conservadorismo é a manutenção da ecologia social”. Ora, é este respeito ao Oikos, que tanto defendia Scruton que diferencia de forma substancial o atual ativismo ambientalista da verdadeira essência do que este deve ser. 

Enquanto os eco-ansiosos do ativismo ambiental pautam a sua agenda de atuação em função dos desígnios eco-marxistas, isto é, orientam a sua narrativa em função da disseminação do pânico, do apocalipse climático e na forma como vai afetar os povos oprimidos e vítimas do capitalismo – como exemplo, veja-se as constantes tomadas de posição de António Guterres, Secretário-Geral das Nações Unidas e um fervoroso marxista – já os conservadores dirigem o seu discurso para o conhecimento científico e sobretudo para a defesa e preservação do Oikos, o nosso lar, a nossa casa, o meio ambiente. 

Esta é a grande razão da separação entre o ambientalismo radical e a verdadeira ecologia. Enquanto uns, como conservadores que são, defendem realmente a preservação do meio ambiente, outros, usam o ambientalismo como um dos “cavalos de troia” da sinistra agenda do marxismo cultural. Os conservadores pretendem verdadeiramente defender e preservar o meio ambiente, já os eco-marxistas, os grandes paladinos na defesa dos oprimidos face ao grande capital, são os que curiosamente sustentam obscuros grupos de pressão que muito ganham à custa do alarmismo climático. 

O exemplo de Greta Thunberg é paradigmático. Uma jovem que supostamente de forma totalmente espontânea surgiu no espaço mediático para a todos avisar que o fim dos tempos estava à porta e que a culpa estava no homem (principalmente, o branco), no capitalismo e no fóssil. Mas é verdade? É que a própria jovem afirmava o seguinte: “Eu quero que vocês entrem em pânico”. E mais se pode dizer acerca da espontaneidade da jovem sueca para a causa ambientalista, pois a mesma é apoiada por grandes empresários e políticos ligados ao lobby “verde”. 

Uma vez mais reafirmo, o ativismo ambientalista mais não é do que um dos pilares do marxismo cultural. 

Com isto, vemos milhares de hectares de floresta dizimados para a instalação de brutais projetos de centrais fotovoltaicas, serras destruídas em prol da exploração do lítio e os nossos oceanos tomados de assalto por megalómanos projetos de eólicas offshore. Mas por outro lado, numa mera manhã com condições meteorológicas pouco favoráveis, fez mais uma deputada do Partido CHEGA e dois assessores do que muitos anos de legislação eco-marxista. 

Sim, no passado dia 5 de Setembro, o Grupo Parlamentar do CHEGA, representado por Rita Matias, saiu para o mar a partir da Marina de Cascais. Fomos conhecer o nobre e valioso trabalho da Associação Ambiental CascaisSea, e, capitaneados por Miguel Lacerda, mentor deste projeto, apanhámos o lixo marinho que os radicais ativistas ambientais teimam em esconder. 

A CascaisSea tem sido uma lufada de ar fresco no que concerne ao verdadeiro trabalho em defesa e preservação da nossa costa que tanto tem sido negligenciada pelas demais forças partidárias. Segundo os dados do Relatório de Atividades da associação, só em 2021 foram realizadas 224 ações que resultaram em cerca de 215 mil litros de lixo removido. Pergunto, quantos litros de lixo já removeram os partidos e personalidades que enchem a boca com os chavões políticos ambientais? 

O CHEGA não é negacionista, não é contra as energias “verdes”, mas jamais cairá na esparrela manipuladora do apocalipse climático. Antes pelo contrário, o CHEGA reconhece o grave problema da poluição que reside na falta de vontade política em agir de forma concertada para a criação de cabais campanhas de sensibilização e de incremento da economia circular. 

Como partido conservador, e tal como Sir Roger Scruton, centramos a atuação ambientalista no nosso Oikos, a nossa casa, privilegiando a lógica local e jamais iremos ceder um milímetro que seja a sinistros interesses globalistas e eco-marxistas.

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