Meloni rejeita que migrações cubram risco de colapso demográfico

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, defendeu hoje que a quebra na taxa de natalidade provocará um "colapso total" no Ocidente, rejeitando que a imigração possa compensar esta tendência demográfica.

©facebook/giorgiameloni

“Os países desenvolvidos caminham para um colapso total. Temos de olhar para as causas. A demografia é o desafio em letras maiúsculas”, disse Meloni aos participantes na Cimeira Demográfica, que se realiza em Budapeste, entre hoje e sexta-feira, e que tem como tema principal a família, e na qual participam líderes ultraconservadores e de direita radical.

A Itália é um dos países europeus onde a taxa de natalidade é mais baixa, com apenas 1,24 filhos por mulher, abaixo da média europeia de 1,56.

A chefe do Governo italiano acrescentou que estes dados são preocupantes e colocam em risco valores fundamentais, como a identidade nacional.

Na nossa luta devemos defender a família, Deus e todos os elementos que constituem a nossa civilização, e não devemos cair na ideia de que quem fala destes temas é retrógrado”, argumentou Meloni, que rejeitou a ideia de que a imigração pode ser a solução para esta tendência.

“Os imigrantes podem fazer a sua parte, mas é mais importante que os cidadãos entendam que este não é o nosso futuro”, defendeu a chefe de Governo italiana, que aproveitou para pedir à União Europeia (UE) para que “tome medidas atempadas” no domínio da demografia.

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