Meloni promete que Itália não será campo de refugiados da Europa

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou hoje que não permitirá que "a Itália se torne o campo de refugiados da Europa", rejeitando críticas ao acordo com a Tunísia para travar a partida de barcos de migrantes.

©facebook.com/giorgiameloni

Meloni, que está em Nova Iorque, nos Estados Unidos, para participar na Assembleia Geral das Nações Unidas, sublinhou que o aumento das chegadas de barcos de migrantes à ilha de Lampedusa colocou a Itália sob “pressão insustentável”.

Nos últimos dias, a ilha italiana recebeu cerca de 10 mil migrantes irregulares, que partiram das costas africanas e atravessaram a rota oriental do Mediterrâneo para entrar na Europa.

A Tunísia, que em conjunto com a Líbia, constitui um dos principais pontos de partida de migrantes irregulares para a Europa na rota oriental do Mediterrâneo, assinou, em julho, um memorando de entendimento que abrange temas que visa sobretudo combater o tráfico de migrantes em troca da canalização de grandes somas de dinheiro para o país.

A primeira-ministra italiana, que foi fundamental para a concretização do acordo, rejeitou hoje as críticas ao memorando, defendendo ser essencial que o acordo seja mantido.

“É um modelo para usar também com outras nações”, considerou.

Giorgia Meloni criticou ainda a cooperação de outros Estados-membros da União Europeia, admitindo que houve “grande atenção e consciência” sobre a situação dos migrantes, mas sublinhando que é preciso “ver quando e em que medida a solidariedade tomará a forma de atos concretos”.

A onda de chegadas de barcos de migrantes que colocou a pequena ilha italiana de Lampedusa no centro das atenções internacionais continuou hoje inabalável.

Nove grupos de migrantes num total de 242 pessoas desembarcaram hoje de manhã, depois de 23 barcos terem levado, na terça-feira, 896 migrantes para a ilha do sul de Itália.

Últimas de Política Internacional

A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.
Mais de 20 mil munições do Exército alemão foram roubadas durante um transporte, em Burg, leste da Alemanha noticiou hoje a revista Der Spiegel acrescentando que o Governo considerou muito grave este desaparecimento.