PCP e Bloco recusam condenar terrorismo do Hamas

O grupo terrorista Hamas atacou, no último sábado, Israel e o povo israelita com o lançamento de milhares de rockets para o território israelita a partir da Faixa de Gaza.

© Folha Nacional

Ao mesmo tempo, centenas de militares do Hamas entravam em Israel por via terrestre, marítima e aérea, tendo sequestrado civis e militares e matado todos os que apareciam à sua frente com a ajuda da jihad islâmica.

A nível mundial várias foram as reações contra este ataque, que levou, inclusive, a União Europeia a suspender as ajudas europeias à Palestina. Porém, Bruxelas foi obrigada a voltar atrás na decisão depois de países como Espanha, Irlanda e Luxemburgo terem contestado a posição da União Europeia.

 Em Portugal, o partido CHEGA condenou de imediato a ação “terrorista” do Hamas, saindo em defesa de Israel.

“Para o CHEGA, o terrorismo nunca será um caminho aceitável para a afirmação de qualquer causa, onde quer que seja”, reagiu o partido de André Ventura num comunicado enviado às redações ao início da tarde de sábado.

Na mesma nota, o CHEGA “lamentou e condenou veemente estes atos de guerra contra o povo israelita”, demonstrando a sua “total solidariedade para com as vítimas e o Estado de Israel”.

No entanto, nem todos os partidos assumiram esta posição, preferindo acusar Israel ao invés de condenar a violência dos últimos dias.

A eurodeputada do Bloco de Esquerda – partido de extrema-esquerda português – , Marisa Matias, recorreu às redes sociais para defender que é necessário colocar um fim à “ocupação ilegal da Palestina por Israel” e “respeitar o direito à autodeterminação” do povo palestino, tal “como na Ucrânia ou em Timor”.

Já a líder da extrema-esquerda, Mariana Mortágua, levou cerca de 48 horas para reagir ao sucedido, dizendo aos jornalistas, apenas na segunda-feira, que condena os “ataques a civis” e apontando o dedo a Israel, quem acusou de “assassinar crianças”, de “atacar civis palestinianos” e de manter um “regime de apartheid, de limpeza étnica, de violência do Estado”.

Para Mortágua, “não pode haver paz” enquanto não acabar a “ocupação” por Israel e as Nações Unidas não estão, na ótica da líder da extrema-esquerda, isentas de culpa, uma vez que, no seu entender, não impediram Israel de “ocupar, matar e assassinar milhares de inocentes”.

Relativamente à organização terrorista Hamas, nem uma palavra da líder da extrema-esquerda em Portugal.

Posição semelhante teve o Partido Comunista Português, que também só reagiu mais de 24 horas depois, já ao final da tarde de domingo. Tal como fez o BE, também o PCP responsabilizou Israel por “décadas de ocupação e desrespeito sistemático pelo direito do povo palestiniano a um Estado soberano”.

No comunicado, os comunistas criticaram a “política de ocupação, opressão e provocação do governo de Netanyahu e por colonos israelitas”. Na mesma nota, o PCP disparou ainda, como habitual, na direção nos Estados Unidos da América, considerando que o confronto no Médio Oriente é resultado de “décadas de ocupação, guerra e subversão por parte dos EUA, de Israel, das potências da NATO e da União Europeia”.

“Quem foi conivente com a ocupação e opressão, a expansão dos colonatos, o bloqueio à Faixa de Gaza, a prisão de milhares de presos políticos palestinianos nas prisões israelitas, quem tolerou os crimes de Israel pelo atual governo e só encontrou palavras de condenação para a resistência palestiniana, tem hoje perante si as consequências”, frisaram os comunistas. Recorde-se que o PCP tem mantido uma posição favorável à ocupação da Ucrânia por parte da Rússia, num conflito armado que já matou milhares de militares e inocentes nos últimos dois anos.

Tal como a extrema-esquerda portuguesa, também o PCP não teve uma palavra a dirigir aos terroristas do Hamas.

O que é o Hamas?

O Hamas é uma organização islamista terrorista criada em 1987, que surge como uma ramificação do grupo islâmico sunita chamado Irmandade Muçulmana. Ao longo do conflito, o Hamas sempre se recusou a dialogar com Israel quem acusa de ocupar ilegalmente o território palestiniano. O grupo terrorista recebe financiamento, armas, munições e treino por parte do Irão.

Portugueses em Israel

O Estado português já deu início à missão de repatriamento de portugueses de Israel. No entanto, há duas jovens portuguesas, de 22 e 25 anos, que, ao fecho desta edição, estão desaparecidas. A cidadã mais nova encontrava-se num festival de música que celebrava a paz e que foi atacado por elementos do Hamas, mas relativamente à segunda jovem não há informação do seu paradeiro.

Últimas do Mundo

Várias pessoas morreram hoje no centro da capital sueca, Estocolmo, atropeladas por um autocarro num incidente que provocou também vários feridos, afirmou a polícia sueca em comunicado.
A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O Governo ucraniano afastou hoje o ministro da Justiça, depois de este ter sido implicado num alegado esquema de cobrança de comissões na empresa nacional de energia atómica, revelado na segunda-feira pela agência anticorrupção do país.
Pelo menos 27 pessoas morreram e 3,6 milhões foram afetadas pela passagem do supertufão Fung-wong nas Filipinas no domingo, informaram hoje as autoridades locais.
As autoridades espanholas intercetaram 18 migrantes em Pilar de la Mola, que tinham alcançado Formentera, ilhas Baleares, na terça-feira à noite a bordo de uma embarcação precária.