Inflação homóloga na OCDE desce para 6,2% em setembro

A taxa inflação homóloga na OCDE, medida pelo Índice de Preços no Consumidor (IPC), diminuiu para 6,2% em setembro, contra 6,4% em agosto, depois de ter aumentado em julho e agosto, foi hoje anunciado.

© D.R.

Num comunicado hoje divulgado, a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico) precisa que a inflação desceu em setembro em 27 Estados membros e subiu em oito.

A taxa de inflação registou aumentos de cerca ou mais de um ponto percentual em Espanha, Costa Rica (o único país da OCDE onde a inflação global foi negativa), Eslovénia e Turquia. Na Turquia, na Hungria e na Colômbia registou-se uma inflação de dois dígitos.

A inflação dos produtos alimentares na OCDE abrandou pelo décimo mês consecutivo, atingindo 8,1% em setembro, contra 8,8% em agosto.

No entanto, a inflação dos produtos alimentares ainda excedeu os 10% em nove países da OCDE.

A inflação da energia aumentou entre agosto e setembro em 22 países da OCDE, mas manteve-se negativa no conjunto da OCDE. A inflação subjacente, excluindo os produtos alimentares e a energia, registou uma ligeira moderação, passando de 6,8% em agosto para 6,6%.

No G7, a inflação homóloga manteve-se globalmente estável, situando-se em 4,1% em setembro, contra 4,2% em agosto.

A inflação da energia tornou-se positiva pela primeira vez desde fevereiro de 2023, atenuando o abrandamento contínuo da inflação dos produtos alimentares e da inflação subjacente.

A Alemanha registou uma grande queda da inflação global, de 6,1% em agosto para 4,5% em setembro, impulsionada principalmente por uma queda acentuada da inflação da energia.

Isto refletiu um efeito de base, uma vez que os preços da energia aumentaram em setembro de 2022, na sequência do fim das medidas de apoio (o bilhete de nove euros para os transportes públicos e o desconto nos combustíveis).

Na maioria dos outros países do G7, a inflação global manteve-se estável ou diminuiu ligeiramente.

Em França, a inflação homóloga da energia subiu para 11,7% em setembro, contra 7,0% em agosto, refletindo em parte a eliminação gradual dos apoios para conter a inflação.

Os produtos não alimentares e não energéticos continuaram a ser os principais contribuintes para a inflação global na maioria dos países do G7 em setembro.

Na zona euro, a inflação homóloga medida pelo Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) desceu para 4,3% em setembro, face a 5,2% em agosto.

A inflação subjacente diminuiu significativamente para 4,5% em setembro, depois de se ter situado entre 5,3% e 5,7% desde o início do ano.

A inflação dos produtos alimentares caiu, em geral, ao mesmo ritmo que nos cinco meses anteriores, enquanto a inflação da energia foi negativa pelo quinto mês consecutivo.

Em outubro, a estimativa provisória do Eurostat aponta para uma nova queda da inflação homóloga na zona euro, para 2,9%, o nível mais baixo desde julho de 2021.

Estima-se que tanto a inflação dos preços dos produtos energéticos como a inflação subjacente na zona euro tenham voltado a descer em outubro.

No G20, a inflação homóloga diminuiu para 6,1% em setembro de 2023, face a 6,3% em agosto.

Diminuiu na Índia e atingiu o nível mais baixo desde fevereiro de 2022 na Indonésia e na Arábia Saudita.

Em contrapartida, a inflação global aumentou na Argentina, na África do Sul e no Brasil.

Na China, a inflação global continuou a oscilar em torno de zero.

TÓPICOS

Últimas de Economia

O montante investido em certificados de aforro voltou a aumentar em outubro, em termos homólogos, para 39.387 milhões de euros, um crescimento de 15,4% em termos homólogos, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A intensidade energética da economia situou-se em 3,7 MJ/euro em 2023, traduzindo uma redução de 6,4% face a 2022, o resultado mais baixo da série disponível, anunciou hoje o Instituto Nacional e Estatística (INE).
O escândalo da privatização da TAP volta a rebentar: o Ministério Público constituiu quatro arguidos por suspeitas de que a companhia aérea foi comprada… com o próprio dinheiro da TAP. A operação 'Voo TP789' desencadeou 25 buscas explosivas e está a abalar o setor da aviação nacional.
A taxa de inflação homóloga fixou-se, em outubro, nos 2,1% na zona euro, confirmou hoje o Eurostat, indicando que na União Europeia (UE) foi de 2,5%, com Portugal a apresentar a sexta menor (2,0%).
A Polícia Judiciária realizou hoje várias buscas no âmbito da privatização da TAP em 2015.
O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.