Netanyahu diz “não haverá lugar em Gaza que Israel não atinja”

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, indicou hoje que "não haverá qualquer local em Gaza" que Israel "não alcance, nenhum esconderijo, nenhum refúgio", e quando o Exército israelita entrou no maior hospital do território palestiniano.

© Facebook Israel Reports

“Vamos atingir e eliminar o Hamas e trazer de volta os reféns”, duas “missões sagradas”, declarou o chefe do Governo durante uma visita a uma base militar em Israel.

“Não haverá abrigo para os assassinos do Hamas”, disse ainda.

O Exército israelita entrou hoje no maior hospital de Gaza, ao considerar que as instalações albergam uma base estratégica do Hamas, uma operação que está a suscitar forte inquietação devido aos milhares de palestinianos refugiados no local.

“Pediram-nos para não entrar em Gaza? Pois, mesmo assim entrámos. Disseram-nos que não chegaríamos à entrada da cidade de Gaza, e chegámos. Disseram-nos que não poderíamos entrar no hospital al-Shifa. E lá estamos”, acrescentou.

O hospital al-Shifa, um imenso complexo e desde há vários dias no centro dos combates entre soldados israelitas e combatentes palestinianos, representa um objetivo prioritário para Israel, que disse pretender “aniquilar” o Hamas, no poder em Gaza, desde os ataques de 07 de outubro protagonizado pelo grupo islamita em território israelita.

Intensos combates continuavam a decorrer entre forças militares israelitas e as milícias Izz ad-Din al-Qassam, o braço armado do Hamas, e outras formações armadas palestinianas no norte de Faixa de Gaza, onde 1,65 dos 2,4 milhões de habitantes do território já foram deslocados na sequência da ação militar de Israel, indicou o Gabinete de coordenação dos assuntos humanitários da ONU (Ocha).

O enclave está submetido a um cerco total por Israel desde 09 de outubro, com a população privada do fornecimento de água, eletricidade, alimentos e medicamentos.

Uma parte desta população refugiou-se no sul, perto da fronteira egípcia, mas centenas de milhares permanecem no meio dos combates, no norte do território. Segundo diversas organizações não-governamentais (ONG), a situação é “desastrosa para todos”.

Na Faixa de Gaza, onde Israel afirma pretender “aniquilar” o Hamas, os bombardeamentos israelitas em represália pelo ataque de 7 de outubro já provocaram a morte de 11.320 pessoas, na maioria civis, incluindo 4.650 crianças, segundo o ministério da Saúde do Hamas.

De acordo as autoridades israelitas, cerca de 1.200 pessoas foram mortas em Israel no ataque do Hamas em 07 de outubro, incluindo cerca de 350 militares e polícias.

Últimas do Mundo

A polícia australiana considerou um “ato terrorista” contra a comunidade judaica o ataque com tiros na praia de Bondi, Sydney, que causou pelo menos 12 mortos.
Pelo menos duas pessoas morreram e oito ficaram feridas com gravidade num tiroteio ocorrido no campus da Universidade Brown, nos Estados Unidos, informou o presidente da câmara de Providence.
Mais de 40% do território espanhol está num processo de degradação devido à atividade humana que pode conduzir a desertificação, segundo o primeiro "Atlas da Desertificação em Espanha", elaborado por cientistas de diversas universidades e publicado recentemente.
O número de vítimas das inundações e deslizamentos de terra que atingiram a Indonésia subiu para 1.003 mortos e 218 desaparecidos, anunciou hoje a Agência Nacional de Gestão de Catástrofes.
Perante o colapso do sistema de asilo, o Governo britânico avançou com um método relâmpago: milhares de pedidos estão a ser aprovados sem entrevistas, apenas com base num questionário escrito. A oposição acusa Londres de “escancarar as portas” à imigração.
A cidade alemã de Salzgitter vai obrigar requerentes de asilo aptos para trabalhar a aceitar tarefas comunitárias, sob pena de cortes nas prestações sociais.
O homem que enganou Espanha, desviou dinheiro público e fugiu à Justiça acabou capturado em Olhão. Natalio Grueso, condenado por um esquema milionário de peculato e falsificação, vivia discretamente no Algarve desde que desapareceu em 2023.
O voo MH370 desapareceu a 8 de março de 2014 quando voava de Kuala Lumpur para Pequim com 239 pessoas a bordo, incluindo 227 passageiros - a maioria dos quais chineses - e 12 membros da tripulação.
A Comissão Europeia abriu hoje uma investigação à gigante tecnológica Google por suspeitar de violação da lei da União Europeia (UE), que proíbe abuso de posição dominante, ao impor "condições injustas" nos conteúdos de inteligência artificial (IA).
A tecnológica Meta anunciou a aquisição da empresa norte-americana Limitless, criadora de um pendente conectado, capaz de gravar e resumir conversas com recurso à inteligência artificial (IA).