CHEGA pede “cuidado” com subsídio a vítimas de violência doméstica

O líder parlamentar do CHEGA, Pedro Pinto, disse hoje que é necessário "cuidado" na atribuição do subsídio de desemprego para vítimas de violência doméstica, sob pena de poder haver beneficiários que não necessitem.

© Folha Nacional

Numa intervenção nas jornadas parlamentares do CHEGA, o deputado defendeu que quem quiser receber este apoio “tem de explicar como é” vítima.

“Senão chegamos a uma altura em que toda a gente é vítima de violência doméstica”, afirmou.

Se “este subsídio para as vítimas de violência doméstica for mal utilizados e não se tiver cuidado, poderá levar a que tudo seja vítima de violência doméstica”, acrescentou Pedro Pinto.

O diploma que alarga o subsídio de desemprego às vítimas de violência doméstica e prevê um incentivo ao regresso ao trabalho para desempregados de longa duração entrou em vigor na sexta-feira.

Outro dos assuntos abordados por Pedro Pinto prendeu-se com a dinâmica entre as forças de segurança e os tribunais, criticando a libertação de suspeitos com a justificação da dignidade humana.

“O que é a dignidade humana? É os criminosos na cadeira e quem não é criminoso andar na rua. […] Estamos todos preocupados com a dignidade dos criminosos, mas criminosos são criminosos”, disse o deputado.

Intervindo na sequência de um painel sobre a reforma da justiça, o líder parlamentar do CHEGA falou também na corrupção, apontando que “é endémica” e “está instituída na sociedade” portuguesa.

Pedro Pinto considerou também que as “portas giratórias” constituem uma “corrupção que é legal” e defendeu que “têm de terminar”.

Foram vários os deputados que abordaram a questão da corrupção, entre os caos Rui Paulo Sousa, que afirmou que “a cunha tornou-se algo quase institucional” e apontou que a sensibilização deve começar na escola, mentalizando as crianças e os jovens de que “só beneficia alguns e acaba por penalizar toda uma sociedade”.

Também Bruno Nunes considerou que “o maior antro de corrupção são as câmaras municipais”.

O segundo painel do primeiro dia de jornadas parlamentares do CHEGA teve como tema “soluções para o crescimento económico”.

Intervindo neste debate, o deputado Rui Afonso centrou-se na economia paralela, assinalando que o seu peso na economia do país tem registado uma “subida gradual”.

“O Estado perde dinheiro pela sua ineficácia e incapacidade de inovar nas políticas fiscais”, mas também pelo “excesso de burocratização”, apontou.

Rui Afonso defendeu ainda a criação do crime de enriquecimento ilícito.

Por sua vez, o deputado Filipe Melo lamentou que as empresas privadas que querem concorrer a fundos europeus “acabam por desistir devido à burocracia”.

“Precisamos de incentivar a economia privada e pôr o país a crescer, fomentar e dinamizar os jovens empreendedores”, sustentou.

Uma das últimas intervenções coube ao presidente do CHEGA, deixando uma reflexão aos oradores. André Ventura afirmou que subir os salários é “um desígnio” do CHEGA e voltou a propor a subida das pensões para o valor do salário mínimo nacional.

As jornadas parlamentares do CHEGA, com o tema “os desafios da próxima legislatura”, arrancaram hoje, num hotel em Matosinhos (distrito do Porto) e terminam na quarta-feira.

Estas jornadas acontecem a cerca de um mês da dissolução do parlamento, anunciada pela 15 de janeiro.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.
Cerca de cem delegados vão debater o futuro do SNS e definir o plano de ação da Federação Nacional dos Médicos (Fnam) para os próximos três anos no congresso que decorre no sábado e domingo, em Viana do Castelo.
Portugal submeteu hoje à Comissão Europeia o oitavo pedido de pagamento do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com a comprovação de 22 marcos e metas.
O candidato presidencial e Presidente do CHEGA, André Ventura, reafirmou esta sexta-feira, em conferência de imprensa, que o partido vai entregar no parlamento um voto de condenação ao discurso do Presidente de Angola, João Lourenço, proferido nas comemorações do 50.º aniversário da independência angolana.
O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou na Assembleia da República um projeto de resolução que recomenda ao Governo a suspensão imediata do Manual de Recomendações Técnicas Relativo ao Acompanhamento de Pessoas Transgénero Privadas de Liberdade, aprovado em 2022.
O presidente do CHEGA acusou hoje o PS de “traição ao povo português” por requerer ao Tribunal Constitucional a fiscalização preventiva da constitucionalidade da Lei da Nacionalidade e apelou à celeridade da decisão.
A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) recomendou hoje o alargamento do acordo entre operadores de televisão para realizar os debates presidenciais, depois da queixa apresentada pela Medialivre, dona do Correio da Manhã.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, disse hoje que dado o investimento que é feito no setor, este já devia ter evoluído mais, atribuindo essa falta de evolução à forma como está organizado, daí a necessidade de reformas.
Em visita à Feira Nacional do Cavalo, na Golegã, André Ventura, candidato presidencial apoiado pelo CHEGA, afirmou que o mundo rural “deveria ter muito mais importância no debate político” e sublinhou a necessidade de defender “os grandes símbolos do país rural”, que considera frequentemente esquecidos pelas forças políticas do sistema.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende que estrangeiros não residentes, sem seguro ou qualquer acordo internacional, passem a assumir os custos dos cuidados de saúde prestados no Serviço Nacional de Saúde