Bruxelas conclui assistência de 18 mil milhões de euros e pede acordo para mais apoio

A Comissão Europeia anunciou hoje o desembolso de mais 1,5 mil milhões de euros em assistência macrofinanceira à Ucrânia, num ‘bolo’ total de 18 mil milhões concedidos este ano, instando os líderes europeus a manter o apoio financeiro.

© Facebook/comissão europeia

“Hoje desembolsamos os últimos 1,5 mil milhões de euros do nosso pacote de apoio de 18 mil milhões de euros para 2023 à Ucrânia”, anunciou a presidente do executivo comunitário, Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

Vincando que a União Europeia (UE) está “ao lado do [país] vizinho, amigo e aspirante a membro”, Ursula von der Leyen instou os líderes europeus, que se reúnem em cimeira extraordinária no início de fevereiro, a “chegar a um acordo para continuar a prestar à Ucrânia o apoio de que necessita para recuperar, reconstruir e reformar”.

A presidente da Comissão Europeia aludiu à futura reserva financeira de 50 mil milhões de euros para a Ucrânia, atualmente proposta no orçamento a longo prazo, após o desacordo na cimeira da semana passada devido ao bloqueio húngaro.

O objetivo é essa reserva financeira para Kiev seja aprovada no âmbito da revisão intercalar do Quadro Financeiro Plurianual 2024-2027, mas, numa altura em que a UE já avançou com 18 mil milhões de euros de assistência macrofinanceira à Ucrânia, este programa é equacionado como ‘plano B’ para não parar com a ajuda europeia ao país.

Tendo em conta este programa de assistência macrofinanceira (em empréstimos) e outras verbas para ajudar a Ucrânia a fazer face às necessidades urgentes necessidades urgentes no terreno, a UE já mobilizou um total de 25,2 mil milhões de euros para o país desde o início da guerra, causada pela invasão russa em fevereiro de 2022.

Os líderes da UE vão reunir-se num Conselho Europeu extraordinário a 01 de fevereiro para tentar alcançar um acordo sobre a reserva financeira de apoio à Ucrânia, incluída na revisão do orçamento plurianual.

Na semana passada, não foi possível alcançar um acordo no Conselho Europeu sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual (QFP) 2024-2027, no qual está prevista uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros de apoio à reconstrução e modernização da Ucrânia.

Nesta discussão, que requer unanimidade entre os líderes europeus, manteve-se sempre prevista a mesma verba de 17 mil milhões de euros em subvenções para modernização e reconstrução da Ucrânia, de uma reserva financeira de 50 mil milhões de euros (que conta ainda com 33 mil milhões de euros em empréstimos), como o executivo comunitário havia proposto.

As maiores dificuldades na negociação do QFP relacionam-se com a posição húngara, que contesta a suspensão de verbas comunitárias a Budapeste pelo desrespeito pelo Estado de direito e o pagamento de juros no âmbito do Fundo de Recuperação, cujos montantes também foram suspensos.

A UE está a discutir a revisão do orçamento para o período 2024-2027, no âmbito da qual está prevista uma reserva financeira para os próximos quatro anos, com empréstimos e subvenções para reconstrução da Ucrânia pós-guerra, montante que será mobilizado consoante a situação no terreno.

Após esta cimeira de meados de dezembro, Charles Michel disse, em conversa com vários jornalistas europeus em Bruxelas incluindo a Lusa, que a UE tem “várias ferramentas no bolso” para avançar com o apoio financeiro à Ucrânia, face a um eventual novo bloqueio húngaro.

Também nesse dia, o primeiro-ministro, António Costa, afirmou que a reserva financeira de 50 mil milhões de euros para apoiar a Ucrânia terá ‘luz verde’ no início de 2024 com ou sem a Hungria, indicando esperar “esforço negocial”.

Últimas do Mundo

O novo sistema europeu de controlo de fronteiras externas para cidadãos extracomunitários vai entrar em funcionamento a partir de 12 de outubro em Portugal e restantes países do espaço Schengen, anunciaram hoje as autoridades.
Vestígios de ADN recolhidos em dois objetos encontrados perto do local do homicídio do ativista conservador Charlie Kirk correspondem ao do suspeito detido pelas autoridades, anunciou hoje o diretor do FBI, Kash Patel.
O alemão Christian Brückner, principal suspeito no caso do desaparecimento da criança ‘Maddie’ McCann, em 2007 numa estância balnear algarvia, recusou ser ouvido pela Polícia Metropolitana de Londres (‘Met’), informou hoje esta força policial.
Pelo menos 19 mulheres e crianças morreram após um autocarro ter caído a um rio em Zanfara, um estado no noroeste da Nigéria, avançou hoje a agência France-Presse (AFP).
André Ventura pediu a prisão de Pedro Sánchez, elogiou os confrontos em Múrcia e atacou a imigração em massa. Em Madrid, defendeu uma Europa “com menos imigrantes” e criticou ativistas pró-Gaza. Líder do CHEGA diz ter “orgulho tremendo” no que aconteceu em Espanha.
O funeral do ativista conservador norte-americano Charlie Kirk, assassinado na quarta-feira, vai realizar-se a 21 de setembro no estado do Arizona, anunciou hoje a organização Turning Point, da qual era fundador.
Cerca de 110 mil pessoas participaram hoje num protesto pela “liberdade de expressão" em Londres, convocado pelo ativista britânico de direita radical Tommy Robinson, segundo estimativas da polícia londrina.
Pelo menos 21 pessoas ficaram feridas, três em estado grave e duas em estado "potencialmente grave", numa explosão no bar Mis Tesoros, que também afetou o prédio de habitação onde se situa, no bairro madrileno de Puente de Vallecas.
O robô explorador da agência espacial dos Estados Unidos (EUA), NASA, descobriu rochas num canal de rio seco que podem conter potenciais sinais de vida microscópica antiga, informaram os cientistas.
O gigante de 'software' Microsoft escapou a uma multa da Comissão Europeia que suspeitava de abuso de posição dominante no mercado relacionado com a sua aplicação de videoconferência Teams, que separou de outros programas.