CHEGA anuncia ex-PSD e ex-IL para Coimbra e Guarda

O presidente do CHEGA anunciou hoje que o antigo militante do PSD António Pinto Pereira será cabeça de lista do partido por Coimbra e o antigo conselheiro nacional da IL Nuno Simões de Melo será "número um" pela Guarda.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas, antes de participar num almoço-debate promovido pelo Fórum de Administradores de Empresas (FAE), fechado à comunicação social, André Ventura afirmou que conta ter as listas de candidatos a deputados fechadas “muito em breve” e que irá apresentar o programa do partido no sábado, aproveitando para desafiar o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, a apresentar as suas ideias.

“Vivemos uma espécie de pré-campanha em paranóia, o CHEGA e AD apresentam propostas, e o PS baseia a sua campanha em duas coisas: nas sondagens, que aparentemente ainda lhe são favoráveis, e na fuga às responsabilidades do Governo”, criticou.

Em particular, o líder do CHEGA quer saber se o novo líder do PS se compromete, como fez o seu partido, com a equiparação do suplemento já atribuído pelo Governo à Polícia Judiciária às outras forças de segurança, considerando que se trata de um “imperativo moral”.

Quanto ao CHEGA, Ventura anunciou que no sábado haverá “um grande evento com personalidades e entidades independentes”, no qual será apresentado o programa eleitoral do partido para as legislativas antecipadas de 10 de março.

Questionado se este evento contará com alguns ex-militantes do PSD que irão integrar as listas de candidatos a deputados do CHEGA, Ventura não quis ainda confirmar, mas aproveitou para anunciar mais dois nomes.

“Estamos a fechar esse trabalho, hoje posso confirmar que o dr. António Pinto Pereira será cabeça de lista pelo distrito de Coimbra, o que nos enche de um orgulho muito grande”, disse, acrescentando, mais à frente, o nome do antigo militante da IL Nuno Simões de Melo como “número um” pela Guarda.

André Ventura disse não ficar surpreendido com estas saídas, defendendo que “os que estão descontentes do PS só têm uma casa que seja eficaz e com possibilidade de vencer, o CHEGA”.

Nesta ocasião, aproveitou para repetir o desafio que tem feito nos últimos dias ao líder do PSD, Luís Montenegro, para que clarifique se admite ou não viabilizar um eventual Governo minoritário do PS, apoiando-se também em estudos de opinião que apontam para uma aproximação do CHEGA à Aliança Democrática (PSD/CDS-PP/PPM).

“O cenário mostra claramente que há uma maioria entre o PSD e o CHEGA e que o PS ficará à frente, é importante que os dois protagonistas digam o que fazem nesse cenário”, afirmou.

Da sua parte, a confirmar-se este cenário, garantiu que na noite de 10 de março ligará ao líder do PSD a dizer que têm condições para formar Governo, assegurando que também o fará até mesmo se o CHEGA ficar à frente da AD.

“O CHEGA pode vencer as eleições à direita, o nosso compromisso é formar Governo com o PSD e a IL. Se a IL e o PSD preferirem juntar-se ao PS para formar Governo contra o CHEGA, também é importante que se diga isso aos eleitores e as pessoas escolherão”, desafiou.

Últimas de Política Nacional

O partido liderado por André Ventura alcançou 18,2% das intenções de voto, um crescimento de 3,1 pontos percentuais em relação à sondagem anterior, realizada em outubro.
“Da economia à sociedade, dos direitos das mulheres à imigração, o país precisa de um 25 de Novembro sem medos, porque queremos a mudança de um país que caiu para último e que deve voltar a ficar em primeiro”, defende André Ventura.
A proposta do CHEGA visa "assegurar a capacitação contínua das forças de segurança e dos restantes intervenientes do foro judicial.” A propósito do Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, a ONU indica que foram mortas intencionalmente 85 mil mulheres e raparigas em todo o mundo, no ano passado.
O Parlamento comemora hoje os 49 anos do 25 de Novembro de 1975, com uma sessão solene que vai seguir o modelo da cerimónia dos 50 anos do 25 de Abril.
A manifestação do CHEGA contra a imigração descontrolada e insegurança nas ruas, que juntou hoje centenas de pessoas no Porto, contou com André Ventura, que alertou que a imigração cresceu 95% em Portugal nos dois últimos anos.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".