Macron promulga lei da imigração alterada pelo Conselho Constitucional

O Presidente francês, Emmanuel Macron, promulgou a lei de imigração, depois de o Conselho Constitucional do país ter anulado uma parte dos artigos mais polémicos desta legislação.

© facebook.com/EmmanuelMacron

 

A lei foi publicada esta noite no Boletim Oficial do Estado, segundo a agência Efe, e poderá assim entrar em vigor sem alguns destes artigos excluídos pelos juízes, que alegaram a inconstitucionalidade, mas sobretudo problemas em termos formais, ou seja, de medidas que não teriam lugar numa lei da imigração.

Assim, questões como o crime de permanência irregular, o acesso às prestações sociais e o estabelecimento de quotas anuais de migração não constam da atual lei.

As restrições ao reagrupamento familiar, a imposição de uma caução aos estudantes estrangeiros como garantia de saída do país ou as restrições ao chamado direito à terra na adoção da nacionalidade francesa também não foram incluídas.

A lei promulgada por Macron corresponde, em grande parte, ao projeto do seu Governo e inclui medidas para os estrangeiros criminosos, entre outras.

Tanto os republicanos de direita, autores das medidas mais duras excluídas pelos juízes, como a direita radical de Marine Le Pen criticaram a decisão do Conselho Constitucional.

Le Pen garantiu que a única forma de endurecer a lei da imigração, algo que a maioria dos franceses deseja, segundo as sondagens, será através de uma revisão da Constituição.

A lei, aprovada pelas duas câmaras do parlamento em meados de dezembro, inclui medidas de inspiração conservadora, uma vez que o governo não tem maioria na legislatura e precisava do apoio da direita tradicional.

No dia 22 de dezembro, os partidos de esquerda e ecologistas interpuseram um recurso junto do Conselho Constitucional, uma vez que, na sua opinião, até 24 artigos da lei violavam a Constituição francesa.

Últimas de Política Internacional

O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.
Teerão iniciou, durante a noite de segunda-feira, uma nova vaga de ataques com mísseis contra Israel, tendo sido ativado o alerta de mísseis e aconselhados os moradores de Telavive a procurar abrigo.
A Comissão Europeia exigiu hoje a Portugal e a outros quatro países a concluírem a transposição da diretiva da União Europeia (UE) sobre a água potável, em incumprimento desde 12 janeiro de 2023.
A Comissão Europeia propôs hoje a redução do prazo de licenciamento em projetos de defesa de anos para 60 dias, a redução da carga administrativa e melhor acesso ao financiamento para assim estimular investimentos na União Europeia (UE).
Os líderes do G7 afirmaram o direito de Israel a "defender-se", acusaram o Irão de ser a "principal fonte de instabilidade e de terrorismo na região" e apelaram à "proteção dos civis", segundo uma declaração conjunta.
O Partido Popular de Espanha (direita), que lidera a oposição, voltou hoje a pedir a demissão do primeiro-ministro, devido às suspeitas de corrupção na cúpula socialista, mas rejeitou uma moção de censura ao Governo.
O Tribunal de Contas Europeu (TCE) defende um orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo mais simples e flexível para se poder adaptar às “circunstâncias em mudança”, pedindo que, perante nova dívida comum, sejam mitigados os riscos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o presidente do Conselho Europeu, António Costa, afirmaram no domingo que "este não é o momento para criar incerteza económica" e que devem ser evitadas "medidas protecionistas".
A chefe da diplomacia europeia sublinhou hoje, junto do Governo iraniano, que a UE "sempre foi clara" na posição de que Teerão não deve ter armas nucleares.
O enviado especial francês para a terceira Conferência do Oceano da ONU (UNOC3) anunciou hoje, último dia dos trabalhos, que o Tratado do Alto Mar, de proteção das águas internacionais, será implementado em 23 de setembro, em Nova Iorque.