Blinken volta ao Médio Oriente para discutir conflito em Gaza

O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, vai regressar em breve ao Médio Oriente, quando os mediadores tentam chegar a uma nova trégua na guerra entre Israel e o Hamas.

© Facebook de Antony Blinken

 

Blinken – que já visitou a região quatro vezes desde o início da guerra, em 07 de outubro – deve partir nos próximos dias, informou um alto responsável do Governo norte-americano sob condição de anonimato, sem especificar quais os países que serão visitados.

A mesma fonte informou que, entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional norte-americano, Jake Sullivan, e o ministro israelita de Assuntos Estratégicos, Ron Dermer, devem reunir-se ainda hoje.

Segundo o ‘site’ informativo Axios, o conselheiro sénior norte-americano e o seu homólogo israelita, conhecido por ser muito próximo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pretendem discutir, em Washington, o conflito em Gaza e o desfecho do conflito.

Durante a sua última viagem à região no início de janeiro, Blinken visitou Israel e vários países árabes, incluindo Arábia Saudita, Qatar e Egito.

Na segunda-feira, em Washington, o chefe da diplomacia norte-americana falou de uma “esperança real” de uma possível libertação dos reféns ainda detidos pelo Hamas na Faixa de Gaza.

O Qatar, juntamente com o Egito e os Estados Unidos, tem liderado esforços de mediação desde o início da guerra, em 07 de outubro, entre Israel e o Hamas, na sequência de um ataque sem precedentes do movimento palestiniano em solo israelita.

No total, 132 reféns ainda estão em cativeiro no território palestiniano.

Ao mesmo tempo, os Estados Unidos estão a tentar promover um plano para moldar uma arquitetura regional após a guerra, que envolve a criação de um Estado palestiniano, ao qual Israel se opõe.

O Hamas lançou em 07 de outubro de 2023 um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, que causou a morte de mais de 1.140 pessoas em Israel, a maioria civis, segundo uma contagem da AFP baseada em números oficiais israelitas.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Cerca de 240 pessoas foram raptadas e levadas para Gaza, segundo as autoridades israelitas.

Cerca de cem foram libertadas no final de novembro, durante uma trégua em troca de prisioneiros palestinianos, e 132 reféns continuam detidos no território palestiniano, 28 dos quais terão morrido.

Últimas de Política Internacional

O Senado dos Estados Unidos (EUA) aprovou hoje o projeto de lei do Presidente Donald Trump, apelidado de "Big Beautiful Bill", sobre as grandes reduções fiscais e cortes na despesa, por uma margem mínima de votos.
O serviço de segurança interna de Israel, Shin Bet, anunciou hoje que desmantelou uma rede do grupo islamita palestiniano Hamas em Hebron, na Cisjordânia ocupada, numa operação conjunta com o Exército e a polícia.
O Governo norte-americano anunciou hoje que vai cortar o financiamento federal para Organizações Não Governamentais (ONG) envolvidas em distúrbios, independentemente do resultado de uma resolução a aprovar no Congresso sobre este assunto.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Mark Rutte, previu hoje "decisões históricas e transformadoras" na cimeira de Haia para alocar 5% do PIB à defesa, visando compensar o "esforço desproporcional" dos Estados Unidos.
O presidente ucraniano deverá pedir mais sanções de Washington contra Moscovo e a aquisição de armamento dos EUA. A reunião deverá começar pelas 13h00 locais (12h00 em Lisboa).
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em agosto caiu hoje mais de 5% no mercado de futuros de Londres, depois de Israel ter aceitado o cessar-fogo com o Irão proposto pelo presidente norte-americano, Donald Trump.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, pediu hoje aos aliados europeus que "não se preocupem tanto" com os Estados Unidos da América e se foquem em aumentar o seu investimento em Defesa.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 da União Europeia (UE) discutem hoje os desenvolvimentos na guerra na Ucrânia e a escalada do conflito entre Israel e o Irão, após os bombardeamentos norte-americanos contra várias instalações nucleares iranianas.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, confirmou este sábado que as forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, incluindo Fordo, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país.
O Parlamento Europeu (PE) defende a aplicação do plano de ação europeu para as redes elétricas, visando modernizá-las e aumentar a capacidade de transporte, para evitar novos ‘apagões’.