Jornal chinês acusa NATO de querer transformar conflito em guerra mundial

Um jornal oficial do Partido Comunista Chinês acusou hoje a NATO de querer transformar a guerra na Ucrânia num conflito à escala mundial, à medida que a organização aumenta o seu foco no país asiático.

©Facebook/XiJinping

 

Em editorial, o Global Times observou uma “preparação da opinião pública para transformar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia numa guerra mundial”, após a NATO classificar a China como “adversário potencial”.

“Os ajustamentos estratégicos e os objetivos de expansão da NATO estão a tornar-se mais evidentes”, acusou o jornal.

Em causa estão as mais recentes afirmações do secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, a posicionar o país asiático como um “desafio”, durante uma visita aos Estados Unidos.

“Parece que o líder da maior organização militar do mundo já não restringe a definição do conflito Rússia – Ucrânia à Europa, mas vê-o como indicativo de um conflito geopolítico global”, observou o Global Times.

“Em consequência, [Stoltenberg] procura legitimar a expansão global da NATO”, acrescentou.

O jornal oficial do Partido Comunista da China apontou ainda que “a expansão é a necessidade interna da NATO, enquanto a guerra é a sua necessidade externa”.

“Sem guerra, esta organização militar perderia a sua razão de ser. A NATO tem de ter um objetivo claro. Se não tiver, tem de o criar”, frisou.

No seu novo conceito estratégico, a NATO classificou a Rússia como uma “ameaça” e a China como um “desafio sistémico” aos seus “interesses, segurança e valores”.

“A China está a aumentar substancialmente a sua capacidade militar, incluindo armamento nuclear, e a intimidar os países vizinhos e a ameaçar Taiwan”, destacaram os aliados.

Para o Global Times, este ajustamento estratégico indica que a NATO “está a dirigir-se para a Ásia e que está bem preparada”.

“Este ajustamento estratégico da NATO pode aumentar a sua coesão interna a curto prazo e continuar a manter a sua posição como a força militar mais poderosa do mundo, detida pelos EUA e pelo Ocidente. No entanto, a longo prazo, pode conduzir a mais divisões e confrontos a nível mundial, afetando profundamente as relações internacionais e o ambiente de segurança em torno da China”, lê-se no editorial.

Últimas do Mundo

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, reuniu-se com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira em Palm Beach, Florida, anunciou este sábado a porta-voz da Aliança Atlântica.