Deco apoiou oito milhões de consumidores em 50 anos

A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) apoiou oito milhões de consumidores ao longo de 50 anos, revelou hoje à Lusa a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor.

DECO

Só o ano passado, a associação recebeu “à volta de 360 mil queixas. É um aumento em relação aos dois anos anteriores”, segundo a porta-voz. Ou seja, em 2023 houve quase mil reclamações diárias sendo que telecomunicações, compra e venda de bens de consumo, banca e serviços de água e energia são, e sempre foram, os setores com mais queixas.

Ainda assim, o número de reclamações do ano passado fica aquém dos valores de 2015, o ano em que a DECO recebeu mais queixas — quase 700 mil.

“A Deco comemora 50 anos e o balanço é positivo. Foram praticamente oito milhões de consumidores apoiados pela DECO nestes 50 anos e foram muitas as vitórias e as conquistas para os consumidores”, disse a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor, Ana Sofia Ferreira.

As principais áreas de reclamações foram as telecomunicações (como a qualidade do serviço ou período de fidelização), a compra e venda de bens de consumo (como garantias ou incumprimento dos prazos de entrega), serviços financeiros (como falta de informação pré-contratual e contratual nos créditos, dificuldade em exercer direitos no crédito ao consumo por vicissitudes no contrato de compra e venda ou prestação de serviços ou comissões bancárias) e a energia e água (como faturação excessiva ou falta de informação sobre as faturas).

Segundo Ana Sofia Ferreira, a associação recuperou nos últimos cinco anos 30 milhões de euros aos portugueses, em áreas como as telecomunicações, energia e água ou serviços financeiros.

“Grande parte desses valores estão nos setores mais reclamados“, explica a coordenadora do Gabinete de Apoio ao Consumidor.

Ana Sofia Ferreira aponta exemplos como penalização de contratos que são cancelados e que a associação consegue que sejam anulados, situações de reembolso que são conseguidas extrajudicialmente, situações em que não é comprovada uma negligência por parte do consumidor e que a instituição financeira deve ser responsabilizada e os montantes são devolvidos ao consumidor, com situações de comparticipação ou autorização para atos médicos em que havia dificuldade do consumidor em acionar o seguro.

“Aquilo que também podemos observar neste momento é que existe ainda muito trabalho, um caminho pela frente, uma vez que os consumidores de hoje são consumidores mais informados, mais atentos, mais exigentes, mas face à dinâmica do mercado, aos novos modelos de negócios, enfrentam desafios e riscos que anteriormente não se verificavam”, considera.

Para a responsável da Deco, é “necessário promover a atualização das regras e da regulação do mercado cada vez mais dinâmico para que os consumidores não percam direitos já conquistados e se possa continuar a investir na proteção dos seus interesses económicos”.

Últimas do País

O advogado Paulo Abreu dos Santos, com passagem pelo Governo, foi detido por centenas de crimes ligados à pornografia de menores e a abusos sexuais de crianças, alguns alegadamente praticados e registados pelo próprio.
O Serviço Regional de Proteção Civil (SRPC) da Madeira registou até às 12h00 deste sábado um total de 185 ocorrências relacionadas com as condições meteorológicas adversas nesta região.
A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) reclamou, este sábado, o pagamento imediato da dívida de 30 milhões de euros às corporações respeitante ao transporte de doentes urgentes para os hospitais e pediu para ser ouvida em qualquer reforma do setor.
Dois homens foram detidos na quinta-feira no concelho de Cantanhede por suspeita de tráfico de estupefacientes, informou hoje a GNR de Coimbra.
Os ministros das pescas europeus chegaram hoje a um acordo sobre as capturas em 2026, com uma previsão de reduzir o volume global, nalguns casos com impacto em Portugal, como é o caso do carapau, solha ou linguado.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação anunciou esta sexta-feira que o Governo vai pagar aos professores 30 milhões de euros por horas extraordinárias acumuladas desde 2018, que, erradamente, não tinham sido pagas.
Um sismo de magnitude 4,1 ocorreu este sábado em Celorico da Beira e foi sentido em vários concelhos dos distritos da Guarda, Aveiro, Castelo Branco, Vila Real e Viseu, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
O tempo médio de espera para doentes não urgentes atingia este sábado as 10 horas no Amadora-Sintra, com os urgentes (pulseira amarela) a esperarem mais de seis horas.
As burlas foram responsáveis no ano passado por um prejuízo patrimonial superior a 65 milhões de euros, menos 41% face a 2023, uma diminuição que acompanha o decréscimo das denúncias deste tipo de crime em 2024, revela a PSP.
Recusou abandonar o hospital após alta clínica, intimidou profissionais de saúde e chegou a exigir casa e cirurgia inexistente. O caso arrastou-se durante meio ano no Hospital Amadora-Sintra e só terminou com intervenção policial.