Num almoço-comício em Coimbra, André Ventura aproveitou a gafe do líder do CDS-PP, Nuno Melo, que na sexta-feira à noite se enganou e disse ser necessária “uma vitória robusta que permita a Pedro Nuno Santos ser primeiro-ministro sem depender muito dos outros”.
“Essas campanhas [de PS e PSD] vão de tal forma de bizarria em bizarria que ontem [na sexta-feira] Nuno Melo até apelou à vitória de Pedro Nuno Santos. […] Ele não se enganou, isto é o que vai na alma deles, eles são as muletas do PS. Isto é a alma da AD”, afirmou.
Ventura considerou que por “isso é que eles não querem o CHEGA, porque na alma deles vai continuar a permitir-se que o PS governe. Saiu-lhe [a Nuno Melo] do ADN, aquilo é verdadeiramente a natureza da AD”.
“Por isso, temos de ter mais votos do que estes dois partidos no dia 10. Só assim garantiremos que temos um governo de futuro e não a mesma repetição, a mesma fórmula do passado que tivemos até agora”, afirmou, elencando que essa fórmula “levou a jovens que não param de imigrar, corte de pensões, abandono das forças de segurança, desleixo das fronteiras, perda de salários, a dois países, o do litoral e o do interior”.
“Se tudo falhou, se em 50 anos eles tiveram todas as oportunidades e falharam, porque é que lhes devemos dar mais uma oportunidade? O único voto de mudança, a única oportunidade de mudança não é a AD nem o PS, o CHEGA é a única oportunidade de mudança, é a única força de mudança em Portugal”, defendeu.
Perante os apoiantes, repetiu o que já tinha dito aos jornalistas antes de entrar na sala, que PS e PSD “estão no desfile de antiguidades”, numa referência à presença de antigos líderes destes dois partidos nas respetivas campanhas.
“Não há um comício em que se retire uma ideia de Luís Montenegro ou de Pedro Nuno Santos. Ora é Luís Montenegro que traz Cavaco Silva, ou que traz Assunção Esteves ou Assunção Cristas, ou é hoje Pedro Nuno Santos que vai trazer António Costa. E o futuro, onde está o futuro? Qual é o futuro que têm para apresentar às pessoas?”, questionou.
“Se o único futuro que eles têm são governantes de há 30 anos, são políticos de há 20 anos ou é um primeiro-ministro que saiu do seu lugar por corrupção, então eles são o passado e nós somos o futuro deste país”, defendeu.
O presidente do CHEGA aproveitou também para comentar a presença do antigo presidente da Comissão Europeia Durão Barroso na campanha da Aliança Democrática (coligação PSD/CDS-PP/PPM).
“Ontem [na sexta-feira] também, Durão Barroso dizia que não chega o voto de protesto, pedindo para que o eleitorado de direita não vote no CHEGA, mas na AD. Mas quem é que no seu perfeito juízo que queira protestar contra a situação em Portugal ia votar ao conselho de um homem que sai de primeiro-ministro, que deixa o seu país, o país que ama, para se vender à União Europeia e que sai da União Europeia para ir para uma das maiores financeiras internacionais que existem? Quem é que seguiria o conselho deste homem? Só um louco privilegiado o poderia fazer”, criticou.