Ventura critica “legado de PS e PSD” no que toca às mulheres

O presidente do CHEGA criticou hoje “o legado de PS e PSD” no que toca às mulheres, considerando que estes partidos transformaram Portugal num “país que não é para elas” e deixaram-nas “para trás”.

© Folha Nacional

 

“As mulheres deste país, neste Dia da Mulher, têm que se lembrar que se hoje têm um país que não é para elas deve-se aos dois partidos que governaram Portugal nos últimos 50 anos, ao PS e ao PSD”, afirmou, defendendo que estes dois partidos “deixaram as mulheres para trás”.

André Ventura discursava num almoço/comício na Costa da Caparica, concelho de Almada, no qual participou também a cabeça de lista pelo círculo de Setúbal, Rita Matias.

O líder do CHEGA sustentou, como exemplo, que em 2022 “três mulheres grávidas foram dispensadas por dia das empresas” e que, no que toca às pensões, as mulheres recebem “43% abaixo do que os homens recebem em pensões já de si miseráveis”.

“A média de pensões que as mulheres recebem é de 381 euros. Isto devia envergonhar o país inteiro”, defendeu.

“Este é o legado do PS, este é o legado do PSD”, criticou, afirmando que estes dois partidos “disseram que iam criar um país de igualdade de oportunidades e de direitos”, mas “nunca corrigiram onde essa igualdade mais fazia falta e mais penalizava as mulheres e as famílias, precisamente na parte do trabalho”.

André Ventura disse que gostava que o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, “lhe dissesse cara a cara que na violência doméstica, nas violações, nos abusos sexuais, nas pensões e salários vão fazer o trabalho que devia ter feito ao longo destes últimos oito anos”.

“Espero mesmo que as mulheres portuguesas tenham a noção do lugar a que foram remetidas por PS e PSD ao longo dos últimos anos”, disse, num apelo ao voto feminino.

No seu discurso, o presidente do CHEGA acusou também Pedro Nuno Santos de ter fugido “como o diabo foge da cruz” do professor que dorme no automóvel e que o abordo hoje numa arruada, e considerou que esta situação “é o símbolo maior, mais profundo, da vergonha da governação socialista”.

“Eu espero que esse professor apareça hoje na nossa arruada, porque eu, ao menos, poder-lhe-ei dizer que vamos dar-lhe dignidade para ele não viver numa carrinha”, afirmou.

André Ventura afirmou ainda que o líder do PS “não quer saber dos professores, das mulheres, dos polícias, dos enfermeiros, dos empresários, como não quer saber de todos aqueles pensionistas que empobreceram ao longo dos últimos anos”.

“Eles só querem saber de uma coisa, em ganhar desesperadamente estas eleições para manter a cultura de tachos que alimentaram este país ao longo dos últimos 50 anos”, criticou.

Ventura voltou a almejar vencer as eleições, dizendo ter “um sentimento claro” de que poderá ser possível. Apesar de as sondagens projetarem um crescimento do CHEGA, mantêm o partido como terceira força política.

O líder do CHEGA defendeu não haver “outra hipótese”, reiterando a ideia de que PS e PSD “serão exatamente a mesma coisa”, e pediu uma “votação muito, muito forte” no seu partido.

“Pela primeira vez em cinco décadas podemos vencer o bipartidarismo que nos atrofiou o crescimento económico, que nos inundou em corrupção, e que nos atropelou nos nossos direitos”, disse, considerando que as eleições legislativas deste domingo serão a “luta de um partido contra o sistema inteiro”.

Considerando que “a hipótese de vitória esta mais perto do que nunca”, André Ventura disse que será mérito do “povo português que acordou, ao fim de 50 anos, atrofiado numa ditadura de centro-esquerda e de esquerda que anulou o espírito crítico em Portugal”.

Antes do comício, o CHEGA anunciou que vai apresentar queixa contra os jovens da Greve Climática Estudantil que atiraram tinta contra sede nacional do partido, em Lisboa.

Últimas de Política Nacional

A nova sondagem da Aximage revela que a AD venceria se as eleições fossem hoje com 26,2%, superando o PS que não iria além dos 24,9%.
O Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) foi aprovado com os votos favoráveis do PSD e CDS e com a abstenção do PS, como já estava previsto. Mas os deputados do CHEGA, não só votaram contra, como levantaram cartazes no final da votação, onde se podia ler: “este Parlamento perdeu a vergonha”.
O presidente do CHEGA considerou hoje que o Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2025) "é mau" e representa "a continuidade do PS" e concluiu que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "não serve" ao país.
Um programa nacional de literacia financeira para jovens e a garantia do ensino presencial e gratuito da língua portuguesa aos lusodescendentes que vivem em Malaca, na Malásia, foram duas propostas do CHEGA aprovadas na especialidade do Orçamento.
Elementos do Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa chegaram à Assembleia da República pelas 11h20 para retirar os pendões colocados pelo CHEGA, mas quando se aproximaram das janelas as faixas foram recolhidas a partir do interior do edifício.
O CHEGA colocou vários pendões na fachada do edifício da Assembleia da República contra o fim do corte nos vencimentos dos políticos, que foi aprovado no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
“Vamos dizer a verdade, doa a quem doer. Abril esqueceu-se de criar cidadãos, mas deu invasão de propriedade, prisões políticas, nacionalizações e pobreza. Este é o verdadeiro Dia da Liberdade em Portugal.”
A manifestação do CHEGA contra a imigração descontrolada e insegurança nas ruas juntou, no sábado passado, milhares de pessoas no Porto, tal como aconteceu em Lisboa, em setembro. De bandeiras içadas do CHEGA e de Portugal, acompanhadas por faixas onde se podiam ler “nem mais um imigrante ilegal” ou “chega de bandalheira”, a Praça do Marquês na cidade invicta, pintou-se com as cores do partido liderado por André Ventura.
O Presidente do CHEGA afirmou, esta quinta-feira, que o seu grupo parlamentar irá abdicar do aumento salarial para políticos, decorrente do fim do corte salarial dos titulares de cargos políticos, em vigor desde a entrada da Troika em Portugal, algo sem precedentes.
O CHEGA considerou hoje que a declaração do primeiro-ministro na quarta-feira foi caricata e uma “trapalhada política”, enquanto o PAN considerou que Luís Montenegro não acautelou o princípio da separação de poderes.