Washington e Kiev querem aprovação rápida de apoio adicional

Os chefes da diplomacia norte-americana e ucraniana concordaram hoje na necessidade de os Estados Unidos desbloquearem rapidamente um apoio adicional de 275 milhões de euros para a Ucrânia continuar a combater a invasão russa.

© Facebook de Volodymyr Zelensky

 

Em comunicado, o porta-voz do Departamento de Estado norte-americano (equivalente ao Ministério dos Negócios Estrangeiros), Matthew Miller, indicou que, numa conversa telefónica, o secretário de Estado Antony J. Blinken e o ministro Dmytro Kuleba “discutiram os últimos desenvolvimentos no campo de batalha e o pacote de 300 milhões de dólares [275 milhões de euros] de assistência adicional à segurança anunciado pelos Estados Unidos em 12 de março”.

A Defesa dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou que iria encaminhar rapidamente cerca de 300 milhões de dólares em armamento para a Ucrânia, após identificar algumas poupanças de custos nos contratos do Pentágono.

O governante norte-americano “salientou a necessidade de a Câmara dos Representantes aprovar rapidamente o suplemento de segurança nacional”, refere o comunicado da diplomacia dos EUA.

Por seu lado, o ministro Dmytro Kuleba destacou “a necessidade e a urgência do apoio contínuo dos EUA e da comunidade internacional à Ucrânia, incluindo a defesa aérea e as munições de artilharia”.

“Discutimos formas de avançar para aprovar o suplemento extremamente necessário”, referiu o responsável ucraniano, na sua conta na rede social X.

“A Ucrânia tem demonstrado repetidamente nos últimos anos que, com apoio suficiente, podemos derrotar a Rússia no campo de batalha”, disse, advertindo que uma interrupção do apoio “prejudicaria gravemente a liderança dos EUA em todo o mundo e poria em risco a segurança nacional americana”.

Dmytro Kuleba avisou também que não se pode permitir à Rússia utilizar “os atrasos na ajuda para avançar, colocando toda a Europa e o mundo democrático em risco de uma guerra ainda maior”.

Os EUA também saudaram o Governo ucraniano por aplicar “as reformas anticorrupção necessárias para fazer avançar a sua integração euro-atlântica”, adiantou Matthew Miller.

A guerra desencadeada pela invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a pior crise de segurança desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Últimas do Mundo

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, considerou hoje "uma vergonha" a Marcha do Orgulho Gay, que reuniu no sábado nas ruas de Budapeste dezenas de milhares de pessoas, apesar da proibição da polícia.
A Assembleia Parlamentar da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), reunida esta semana no Porto, pediu hoje "atenção internacional urgente" para o rapto, deportação e "russificação" de crianças ucranianas.
Mais de 50.000 pessoas foram deslocadas temporariamente na Turquia devido a incêndios florestais que têm afetado as províncias de Esmirna, Manisa (oeste) e Hatay (sudeste), anunciou esta segunda-feira a Agência Turca de Gestão de Catástrofes (AFAD).
A Força Aérea polaca ativou todos os recursos disponíveis no sábado à noite durante o ataque russo ao território ucraniano, uma vez que a ofensiva russa afetou territórios próximos da fronteira com a Polónia.
O Papa Leão XIV pediu hoje orações pelo silêncio das armas e pelo trabalho pela paz através do diálogo, durante a oração do Angelus, na Praça de São Pedro, no Vaticano.
Um ataque massivo da Rússia com 477 drones e 60 mísseis, na noite de sábado, causou a morte de um piloto da Força Aérea e seis feridos na cidade ucraniana Smila, denunciou hoje o Presidente da Ucrânia.
A constante ligação aos ecrãs e a proliferação de métodos de comunicação estão a conduzir a dias de trabalho intermináveis com interrupções constantes, com graves consequências para a saúde mental e física, alertam especialistas e vários estudos recentes.
A associação de empresas de energia de Espanha (Aelec), que integram EDP, Endesa e Iberdrola, atribuiu hoje o apagão de abril à má gestão do operador da rede elétrica espanhola no controlo de flutuações e sobrecarga de tensão.
As companhias aéreas europeias, americanas e asiáticas suspenderam ou reduziram os voos para o Médio Oriente devido ao conflito entre Israel e o Irão e aos bombardeamentos dos EUA contra este último país.
O comandante chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Sirski, assegurou este domingo que as tropas ucranianas conseguiram travar o avanço russo na região nordeste de Sumi, recuperando a localidade de Andriivka e avançando na zona de Yunakivka.