Trapalhadas no ensino

Estamos em abril de 2024, já passaram mais de duas décadas do virar de século, mas existem matérias em Portugal que fazem parecer que ainda nos encontramos nos confins do século passado.

É o caso do ensino.

Entramos no terceiro período, e ainda existem estudantes que não tiveram aulas em algumas disciplinas desde o início do ano lectivo.

Como já o disse o problema não é de hoje, infelizmente já vem sendo repetido ao longo de vários anos.

A grave crise no ensino é o resultado de políticas levianas e desrespeitosas, levadas a cabo por vários governos nos últimos 40 anos.

Pede-se e é necessária coragem, para mudar o paradigma neste sector, que cada vez mais se tem vindo a deteriorar, onde se abusa dos facilitismos e “atropelando” uma classe para se apresentar resultados à Europa.

Em primeiro lugar, temos e devemos de valorizar os nossos professores, que tem vindo a ser desrespeitados, tanto na contagem integral no tempo de serviço para efeitos de carreira como graves problemas nas colocações assim como   pela perda da autoridade nas salas de aula.

Noutra vertente, tem de haver mais investimento.

Neste momento, por exemplo nas nossas escolas não existem condições para a realização de provas digitais, problemas com equipamentos informáticos que comprometem a equidade entre todos os alunos.

Quem tutela o ensino tem rapidamente arrumar a casa de resolver os problemas pendentes e não tentar arranjar novos problemas como tem vindo a ser apanágio.

Só com um rumo bem definido, sem queimar etapas, com a coragem necessária é que se pode aspirar a ter um ensino de qualidade em Portugal, de outra forma com apenas políticas de ocasião, os fracos resultados e os graves problemas continuaram persistir.

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