Investimento em certificados de aforro volta a cair em março abaixo dos 34.000 milhões de euros

O montante investido em certificados de aforro recuou em março para 33.995,6 milhões de euros, sendo esta a quinta queda consecutiva e a primeira vez desde setembro que fica abaixo da fasquia dos 34 mil milhões de euros.

© D.R.

Segundo os dados divulgados hoje pelo Banco de Portugal (Bd), entre novas entradas (emissões) e saídas (resgates) de dinheiro de certificados de aforro (CA) observadas ao longo de março, o saldo destes títulos de dívida pública diminuiu em 21 milhões de euros.

Esta descida foi, ainda assim, inferior à observada em fevereiro, mês em que o montante total de CA caiu 26 milhões de euros, segundo os mesmos dados.

Após uma forte procura, impulsionada com a subida das Euribor, os CA começaram a perder o interesse dos aforradores quando em junho do ano passado, a série de certificados em comercialização (‘série E’) foi substituída pela ‘série F’, com uma taxa de juro mais baixa.

Apesar da mudança de série, as entradas de dinheiro continuaram a ser superiores às saídas até outubro, com o saldo a atingir então os 34.071 milhões de euros, o valor mais elevado da série disponibilizada pelo BdP (que recua a dezembro de 1998).

De referir que ao longo desta série, o valor mais baixo em CA foi registado em novembro de 2012, quando Portugal estava a cumprir o plano de resgate e a taxa de desemprego disparou, contabilizando-se então 9,7 mil milhões de euros em investimento nestes títulos.

Relativamente aos certificados do tesouro (CT), os dados do Banco de Portugal mostram que o seu valor total recuou em março para 10.587 milhões de euros, abaixo do mês anterior (10.690,51 milhões de euros) e longe dos 13.407,89 milhões de euros contabilizados em março do ano passado.

Segundo os dados estatísticos da Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública — IGCP, as emissões de novos CT foram de apenas quatro milhões de euros em janeiro e de dois milhões de euros em fevereiro. Já as saídas (resgates) totalizaram 201 milhões e 146 milhões de euros naqueles meses, respetivamente.

Os dados estatísticos do IGCP relativos a março não estão ainda disponíveis.

Últimas de Economia

A Autoridade Tributária e Aduaneira publicou no portal das Finanças um novo alerta aos contribuintes sobre a circulação de emails e mensagens SMS falsas, "enviadas por pessoas que se fazem passar pela instituição".
Os dados revelam um desfasamento de 67% entre o preço médio dos imóveis anunciados, cerca de 387 mil euros, e a capacidade de pagamento dos compradores, que procuram habitações em média de 233 mil euros.
Uma em cada três empresas alemãs prevê cortar postos de trabalho em 2026, segundo a sondagem de expetativas de outono apresentada hoje pelo Instituto da Economia, próximo do patronato germânico.
A dívida pública na ótica de Maastricht, a que conta para Bruxelas, aumentou 5.959 milhões de euros em setembro, pelo 10.º mês consecutivo, para 294.319 milhões de euros, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares manteve-se nos 1,34% em setembro, interrompendo um ciclo de 20 meses de descidas, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
As portagens das autoestradas poderão aumentar 2,3% em 2026, a confirmar-se a estimativa da taxa de inflação homóloga para outubro, sem habitação, divulgada hoje pelo INE, acrescida dos 0,1% de compensação às concessionárias.
A taxa de inflação na zona euro fixou-se em 2,1% em outubro deste ano, um ligeiro avanço face aos 2% do mesmo mês de 2024, revela a estimativa preliminar hoje divulgada pelo gabinete estatístico da União Europeia.
O elevado custo da energia e a concorrência desleal foram os dois principais alertas feitos hoje por líderes empresariais portugueses numa reunião com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE), Stéphane Séjourné, em Lisboa.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai manter as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.
O financiamento do Banco Português de Fomento (BPF) às empresas foi de 5.150 milhões de euros até setembro, dez vezes mais do que em todo o ano de 2024 (539 milhões de euros), divulgou hoje o banco público em conferência de imprensa.