CHEGA considera proposta de suplemento para PSP e GNR “uma humilhação”

O CHEGA considerou hoje que a proposta de suplemento de missão para os elementos da PSP e GNR é "uma humilhação" e "vai criar ainda mais divisão e ressentimento", e defendeu que caberá ao parlamento legislar nesta matéria.

© Folha Nacional

“O projeto do Governo não só não resolve essa discriminação [entre a Polícia Judiciária e as restantes forças de segurança], como tem um efeito mais perverso, aumenta essa diferenciação, agora já não entre polícias diferentes, mas entre os vários setores, cargos, denominações dentro das próprias polícias”, afirmou o líder do CHEGA.

Falando aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura considerou que a proposta do Governo vai criar uma “distinção entre polícias consoante a sua categoria”, em que “os que trabalham no terreno serão os mais prejudicados, quando são eles que mais riscos correm”.

“Se já havia divisão entre polícias, este projeto vai criar ainda mais divisão e ainda mais ressentimento”, alertou, considerando que é “muito pouco ambicioso” e mostra “o absoluto desconhecimento do Governo em relação às forças de segurança”.

O presidente do CHEGA referiu também que o executivo “parece deixar de fora uma série de outras entidades a quem era justo atribuir este suplemento”, como guardas prisionais, ASAE ou as Forças Armadas.

Considerando ser “imperioso corrigir esta situação”, André Ventura indicou que o CHEGA pediu que o seu projeto para alargar o suplemento de missão atribuído à Polícia Judiciária a todas as forças de segurança seja debatido no parlamento no dia 16 de maio.

“Esperamos que o parlamento dê um sinal de abertura para resolver este problema sem aumentar ainda mais o ressentimento que já está disseminado entre as forças de segurança”, defendeu, considerando que a proposta do Governo “é muito má” e “mais vale deixar o parlamento resolver”.

Indicando que o Governo “prometeu uma série de coisas e agora escuda-se no ‘não há dinheiro'”, Ventura assinalou que o executivo não pode “não fazer e depois queixar-se que o parlamento vem resolver a questão e vai legislar à sua maneira”.

“Nesta questão o parlamento tem de legislar à sua maneira porque esta proposta é uma humilhação para os polícias”, salientou.

Questionado se já iniciou contactos com vista à aprovação da sua proposta, o líder do CHEGA disse que fará assim que o debate seja agendado. Ventura disse que falará com todos, começando pelo PSD.

O Governo propôs na quinta-feira um suplemento de missão para os elementos da PSP e GNR entre os 365,13 e os 625,94 euros, que vai substituir o atual suplemento por serviço e risco nas forças de segurança.

Últimas de Política Nacional

O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal
O CHEGA reiterou a sua oposição a qualquer aumento nos impostos sobre os combustíveis, defendendo que o Governo deve garantir que os preços não sobem e propondo a eliminação do adicional do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.