“O doutor Luís Montenegro deve-se preocupar-se com uma coisa, governar, e não estar a criar todos os dias cenários de eleições antecipadas. […] O dia do orçamento há de chegar e nós cá estaremos todos para avaliar esse dia e para o acompanhar”, afirmou.
Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, André Ventura considerou que “não vale a pena estar todos os dias a ameaçar com eleições, porque dá a ideia de que é o PSD que quer eleições”.
O líder do CHEGA afirmou que o primeiro-ministro “sai do cargo quando for demitido pelo Presidente da República, se uma moção de confiança não for aprovada, se houver uma moção de censura”.
Ventura assinalou que “se o orçamento não for aprovado dificilmente [Montenegro] se manterá no cargo, a não ser que queira um estatuto diferente de todos os primeiros-ministros nos últimos anos” ou se achar “que é um super-homem e conseguirá governar sem orçamento”.
“São os portugueses que o tirarão do cargo quando quiserem, o Presidente da República existe mas este parlamento terá uma palavra importante na governação nos próximos meses”, defendeu.
Ventura referiu também que “quem fugiu a qualquer entendimento e a qualquer maioria não foi o CHEGA, foi o senhor primeiro-ministro, Luís Montenegro”.
O presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou na segunda-feira à noite que, se o PS estiver a fazer jogo sobre a negociação do Orçamento, então tenha a coragem de deitar abaixo o Governo.
Numa intervenção perante o Conselho Nacional do PSD, aberta à comunicação social, Luís Montenegro reiterou que o executivo minoritário que lidera só deverá cessar funções derrubado por uma moção de censura.