“Infelizmente, a pena máxima é de 25 anos de prisão”, lamenta juíza

O tribunal de Setúbal condenou, na última segunda-feira, dois dos quatro envolvidos no homicídio do pianista Pedro Queiroz, em março de 2023, à pena máxima de 25 anos de prisão.

© D.R.

Pedro Queiroz foi encontrado morto, no dia 16 de março de 2023, no concelho da Moita, em Setúbal, dentro de um poço, depois de ter sido violentamente agredido, amordaçado e fechado no interior de uma casa de banho, onde viria a morrer dias depois, com o objetivo de tomarem posse do dinheiro da vítima. Segundo a Lusa, os arguidos são três homens de 27, 46 e 47 anos, e uma mulher de 45 anos que foram acusados de coautoria nos crimes de homicídio qualificado, sequestro agravado, roubo agravado, profanação de cadáver e abuso de cartão.

O Tribunal de Setúbal deixou cair a prática do crime de sequestro, considerando que se tratava de um crime consumado pelo homicídio qualificado. Depois de proceder à leitura da sentença e dirigindo-se a um dos condenados, a juíza Maria Gomes afirmou que “Infelizmente, em Portugal a pena máxima é de 25 anos de prisão.

Não lhe posso dar mais” concluindo que “infelizmente, nem isso vão cumprir, pois terão direito à liberdade aos cinco sextos da pena”. Depois de uma breve pesquisa, o Folha Nacional não conseguiu apurar declarações de protagonistas políticos em relação ao tema, à exceção de André Ventura que nas suas redes sociais afirma que “Desde a fundação do CHEGA que defendo o aumento de penas para crimes como este, porque monstros como este deveriam passar o resto da vida na prisão!” Também na última semana, segundo um inquérito feito pelo Instituto de Políticas Públicas e Sociais (IPPS) do ISCTE, a Justiça foi apontada como a instituição pública mais mal avaliada pelos portugueses, assinalando erros, lentidão e pressões sobre magistrados como os principais problemas de um sistema que penaliza os mais pobres. Neste inquérito, os portugueses tecem considerações menos positivas “no desempenho geral do sistema, incluindo rapidez, eficácia e eficiência” sendo que a maioria dos inquiridos considera que os juízes e procuradores cedem a pressões com “muita” ou “alguma frequência” por parte da comunicação social (66%), grupos económicos e sociais (64%), do governo (60%), dos partidos da oposição (57%) e dos Presidentes da República (57%). Em relação ao futuro, os inquiridos não estão otimistas, antecipando até uma maior degradação da justiça. A maioria “não acredita que algum partido político tenha melhores respostas que os outros para os problemas da justiça”. O partido CHEGA, no seu último programa legislativo já apresentava algumas propostas dirigidas às considerações negativas feitas à justiça neste inquérito. Sistemas de controle da produtividade dos tribunais, a revisão da Lei do Acesso ao Direito e aos Tribunais, a revisão da Lei da Organização do Sistema Judiciário são algumas das propostas referidas, sendo a mais importante de todas a introdução da pena de prisão perpétua, com possibilidade de revisão depois de cumprida uma parte da pena.

 

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA, André Ventura, marcou presença esta quarta-feira numa manifestação organizada pela Associação Solidariedade Imigrante, junto ao Parlamento, noticia a RTP.
O ex-presidente da Câmara de Pombal Diogo Mateus, do PSD, foi hoje condenado, em Leiria, a pena suspensa por crimes de peculato e falsificação de documentos, enquanto o seu antigo chefe de gabinete, João Pimpão, foi absolvido.
Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje as audições de Autoridade da Concorrência, Banco de Portugal e Associação Portuguesa de Bancos sobre a prescrição de coimas aos bancos no processo designado como “cartel da banca".
O líder do CHEGA, André Ventura, apresentou-se hoje como o candidato a Presidente da República antissistema, e defendeu que a sua participação nas eleições presidenciais do próximo ano é uma forma de liderar a oposição.
O líder do CHEGA, André Ventura, vai candidatar-se a Presidente da República nas eleições presidenciais do início do próximo ano, confirmou hoje à agência Lusa fonte oficial do partido.
O CHEGA propôs a audição com urgência do secretário de Estado da Agricultura na Assembleia da República para prestar esclarecimentos sobre a investigação por alegadas suspeitas de corrupção e branqueamento de capitais.
O presidente do CHEGA mostrou-se hoje disponível para voltar a candidatar-se a Presidente da República, apesar de não considerar a solução ideal, e indicou que o objetivo é apoiar um candidato que dispute a segunda volta.
O líder do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que voltará a ser candidato à presidência do partido no próximo congresso, que ainda não está marcado.
Liderados pela deputada e coordenadora nacional da Juventude do partido, Rita Matias, os jovens defenderam o legado de Kirk como símbolo da luta pela pátria, família e liberdade.
O CHEGA surge pela primeira vez na liderança das intenções de voto em Portugal, de acordo com o mais recente Barómetro DN/Aximage, publicado pelo Diário de Notícias.