Ventura diz que voto contra orçamento “é irrevogável”

O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o voto contra à proposta de Orçamento do Estado para o próximo “é irrevogável”, mas admitiu participar em futuras reuniões com o Governo em torno do documento.

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas antes do arranque das jornadas parlamentares do partido, em Castelo Branco, o líder do CHEGA foi questionado se o voto contra a proposta orçamental é irrevogável e respondeu: “Com o entendimento entre o Governo e o PS? Eu diria que sim, é irrevogável”.

Depois de o partido ter recuado e ter aceitado participar na reunião de quarta-feira com o Governo, André Ventura admitiu a participação em futuros encontros, mas justificou que dependerá “do motivo dessas reuniões”.

“Se o Governo nos disser assim ‘esta reunião serve única e exclusivamente para negociar a viabilização do orçamento de Estado’, então o CHEGA não vai estar presente. Agora, se o Governo nos disser, como nos disse, que vai apresentar novos dados para compreendermos o cenário macroeconómico, para podermos tomar decisões sobre o cenário macroeconómico, isso certamente que estaremos”, sustentou.

O presidente do CHEGA reiterou que o partido está fora das negociações, admitindo apenas apresentar propostas de alteração na especialidade caso o documento seja viabilizado na generalidade.

“O CHEGA não vai deixar de apresentar propostas por estar, teoricamente, fora destas negociações. Eu gostava que o primeiro-ministro e o PSD entendessem que não é por nós nos colocarmos, por decisão própria do Governo, fora do documento, que nós não vamos participar neste debate orçamental. Nós vamos participar neste debate orçamental, nós queremos participar neste debate orçamental”, acrescentou.

“Nós dissemos o que é que queríamos fazer e desafiámos o Governo para isso, o Governo decidiu caminhar ao lado do PS, com medidas do PS, e ainda agora ouvimos Luís Montenegro dizer que está disponível para mudar o IRS jovem e o IRC de acordo com o que quer o PS. […] Eu diria que seria muito, muito difícil não ser irrevogável”, afirmou.

Ventura acrescentou que o CHEGA quer “a estabilidade para o país, mas não tem medo de eleições” e “está pronto para avançar”, disse.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.