MONTENEGRO O BAZÓFIAS

No dia 10 de março de 2024, os portugueses deram um sinal claro: por um lado deram uma derrota ao PS, por outro deram uma esmagadora maioria aos partidos de direita, sem, no entanto, dar uma maioria a um só partido. Os derrotados dessa noite foram toda a esquerda (PS, PCP e Bloco), mas também a direita ‘fofinha’ representada pelo PSD/CDS que mesmo coligados não obtiveram a maioria absoluta que pediram. Graças a uma arrogância quase cega, Montenegro, que hoje apela à responsabilidade dos partidos (para lhe aprovarem o orçamento) e que coloquem os interesses do país acima de outros interesses, mas foi o mesmo que a 10 de março colocou o ‘não é não’ como a sua pedra basilar de governação, ignorando os resultados populares, que disseram: “PSD e CHEGA, entendam-se e governem”. O mesmo Montenegro que em campanha eleitoral para as legislativas, prometeu tudo a polícias, bombeiros, médicos, enfermeiros, professores, à boleia de um ‘superavit’ que dava para tudo. Em 2019, durante um debate com Rui Rio para a liderança do PSD, acusou o adversário de viabilizar orçamentos do PS, e que com ele, os orçamentos socialistas eram para chumbar, mesmo sem conhecer os mesmos. Decorridos cinco anos, o seu parceiro preferencial de negociação é o PS, fazendo mais uma vez uma traição à direita e a todos os que a 10 de março ansiavam uma mudança de políticas, mas também de políticos. Para quem já acusou André Ventura de ‘bazófias’ a moral do nosso primeiro-ministro, deve estar em altas. Mas em altas não está o país, pois após um verão com urgências fechadas e um caos no SNS, veio o início do ano letivo com mais de 200 mil alunos sem professor, veio também o aumento da carga fiscal, juntando-se a este rol a desgraça dos fogos na semana passada, deixando a claro a incompetência e a falta de preparação do Governo. Portugal merece melhor, e ditou de forma soberana que queria uma mudança, mas a mudança não veio. A arrogância socialista, das medidas vazias, mas anunciadas com aparato, foi substituída pelo PS 2.0, ou seja, a AD. Mas o CHEGA nunca desistirá de Portugal, nem dos portugueses.

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