Diplomacia europeia em reunião extraordinária para discutir agravamento da situação no Médio Oriente

O Alto-Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, convocou para hoje uma reunião extraordinária por videoconferência dos ministros com a pasta da diplomacia, para discutir a situação no Líbano.

© Facebook Josep Borrell

Como a reunião, maracada para as 17:00 locais (16:00 de Lisboa) é por videoconferência e é informal, não são esperadas decisões por parte dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE.

No entanto, o encontro vai servir para os governantes discutirem o agravamento das tensões no Médio Oriente, com o conflito entre Israel e o grupo xiita libanês Hezbollah a alastrar, e o que pode ser feito por parte do bloco comunitário, avançou um porta-voz da Comissão Europeia.

Israel anunciou no sábado a morte num bmde Hassan Nasrallah , o homem que encabeçava o Hezbollah e a organização terrorista confirmou a morte do líder pouco depois.

Entretanto, Fatah Sharif, responsável do movimento islamita palestiniano Hamas no Líbano também morreu durante um bombardeamento israelita.

Os massacres cometidos pelo Hamas em território israelita a 07 de outubro de 2023, com cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas raptadas, desencadearam uma retaliação israelita contra o grupo na Faixa de Gaza.

Segundo o Hamas, os ataques israelitas fizeram mais de 41 mil mortos.

Desde os ataques do Hamas, o Hezbollah tem atacado o norte de Israel, obrigando dezenas de milhares de pessoas a abandonarem as suas casas.

Nas duas últimas semanas, Israel aumentou os ataques a alegados alvos do Hezbollah no Líbano, uma escalada que segundo as autoridades libanesas já provocou mais de 1.500 mortos e cerca de um milhão de deslocados.

Últimas de Política Internacional

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, assegurou hoje que o Acordo de Parceria Estratégica Global que Moscovo vai assinar na sexta-feira com o Irão não é dirigido contra nenhum país, referindo-se aos Estados Unidos.
O Conselho da União Europeia (UE) prolongou hoje até 20 de janeiro do próximo ano as restrições contra "os que apoiam, facilitam ou permitem ações violentas" por parte do Hamas e da Jihad Islâmica Palestiniana.
A Rússia e o Irão vão assinar um acordo de parceria estratégica na sexta-feira, durante uma visita à Rússia do Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, anunciou hoje o Kremlin.
A Rússia considerou hoje prematuro falar sobre um local para um encontro entre o líder russo, Vladimir Putin, e o próximo Presidente norte-americano, Donald Trump, sobre a resolução do conflito na Ucrânia.
O partido de direita Alternativa para a Alemanha (AfD) aprovou hoje um programa eleitoral que inclui promessas de encerrar fronteira, "remigração" de imigrantes, a saída do euro e a reintrodução do serviço militar obrigatório.
O primeiro-ministro de Israel manteve hoje uma conversa telefónica com o Presidente dos Estados Unidos sobre as negociações para um cessar-fogo em Gaza e a libertação dos restantes reféns israelitas detidos no enclave palestiniano.
O presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, voltou a atacar os líderes do estado da Califórnia, afirmando que há incompetência no combate aos fogos que assolam a zona de Los Angeles.
Os líderes do G7 denunciaram "a falta de legitimidade democrática da alegada investidura de Nicolás Maduro como presidente da Venezuela", numa declaração emitida pelo Departamento de Estado norte-americano.
Espanha não reconhecerá "legitimidade democrática" à tomada de posse do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, prevista para hoje em Caracas, disse fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) espanhol.
Um investigador ouvido pela Lusa considerou hoje que uma mudança efetiva no regime político venezuelano só poderá acontecer com um forte apoio externo, quando o país enfrenta uma grave crise económica, social e humanitária.