FNAM lamenta falta de medidas para atrair e manter profissionais

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) lamentou hoje que o Orçamento do Estado para 2025 não contemple medidas para atrair e manter os profissionais no Serviço Nacional de Saúde (SNS) e ameaçou endurecer as formas de luta.

© Facebook/FNAM

Em comunicado, a FNAM diz que vai reunir no sábado o seu Conselho Nacional, em Coimbra, para analisar o “agravamento do estado do SNS” e ponderar o endurecimento das formas de luta em articulação com “todo o setor da saúde na defesa do SNS”.

Na nota, a federação considera que a ministra mantém “negociações de fachada” com os médicos e demais profissionais e saúde, deixando na gaveta “soluções reais para os atrair e fixar no SNS”.

“É reafirmada a escolha de continuar a contribuir com a fuga de quadros para o estrangeiro e para o setor privado”, escreve a FNAM, considerando que o OE2025 é “totalmente vazio” de medidas para responder à falta de recursos humanos no SNS.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 (OE2025), entregue na quinta-feira no parlamento, prevê que a despesa com pessoal do SNS aumente cerca de 425 milhões de euros no próximo ano, totalizando 7,09 mil milhões de euros (+6,4%).

A Conta do Programa Orçamental apresenta um orçamento consolidado essencialmente repartido em despesas com pessoal (41,8%) e aquisição de bens e serviços (49,6%), designadamente compras de medicamentos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica e parcerias público-privadas.

Segundo a proposta do OE2025, o valor orçamentado para despesas com aquisição de bens e serviços no próximo ano é de 8,35 mil milhões de euros, mais 3,3% face a 2024.

A dotação orçamentada em despesas com pessoal é maioritariamente alocada às entidades do SNS.

“O investimento tem um peso de 5,1% no total do orçamento”, lê-se no documento.

Últimas do País

Os 10 detidos na operação 'Renascer', que apreendeu mais de sete toneladas de droga em duas embarcações de pesca no Atlântico, ficaram em prisão preventiva, adiantou hoje o Ministério Público (MP).
Entre 2010 e 2025, a Polícia Judiciária (PJ) contabilizou 66 crianças assassinadas, incluindo 26 recém-nascidos, apontando um estudo em curso para verificar se estes últimos casos têm como fatores comuns a ocultação da gravidez e a ausência do pai.
O nível de alerta no Sistema Vulcânico Fissural Oeste da Terceira subiu para V3 (fase de reativação), o mesmo grau atribuído ao vulcão de Santa Bárbara, revelou esta quarta-feira o Instituto de Vulcanologia da Universidade dos Açores.
Portugal conquistou três medalhas de ouro, duas de prata e uma de bronze nos Jogos Surdolímpicos, que hoje encerraram no Japão, na edição mais profícua de sempre, com destaque para Margarida Silva, André Soares e Joana Santos.
A reduzida autonomia dos Centros de Investigação Clínica e a falta de tempo nos planos curriculares das faculdades de medicina para integrar competências tecnológicas são os maiores desafios à inovação na saúde, conclui um relatório hoje divulgado.
A Comissão de Combate a Fraude no Serviço Nacional de Saúde será presidida por um magistrado e terá elementos permanentes da Polícia Judiciária, da Inspeção Geral da Saúde e das Finanças e do Infarmed, segundo a resolução hoje publicada.
A Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) alertou hoje para o “alto risco de disseminação” da gripe aviária e determinou o confinamento das aves domésticas em todo o território do continente.
O Tribunal da Relação de Évora (TRE) mandou hoje repetir o julgamento dos seis arguidos absolvidos no processo da derrocada da Estrada Municipal 255 (EM255), entre Borba e Vila Viçosa, que provocou, em 2018, cinco mortos.
Cerca de 25 507 pedidos de nacionalidade portuguesa solicitados nos vários postos consulares de Portugal encontram-se pendentes, devido à falta de recursos humanos, que o Governo espera resolver com a admissão de novos profissionais, segundo o Ministério da Justiça.
Os trabalhadores sobrequalificados com ensino superior recebiam em 2023, em média, menos 36,8% do que aqueles cujas funções correspondem ao seu nível de formação, segundo um estudo, que indica ainda que a precariedade se mantém "muito elevada" no privado.