CHEGA quer ganhar câmaras e rejeita coligações pré-eleitorais

O presidente do CHEGA estabeleceu hoje como objetivo para as eleições autárquicas do próximo ano conquistar a presidência de algumas câmaras municipais, e disse que o seu partido vai concorrer sozinho, rejeitando coligações pré-eleitorais.

© Folha Nacional

“O CHEGA apresentar-se-á a estas eleições autárquicas para conquistar várias capitais de distrito” e “o interior abandonado”, afirmou, acreditando que tal pode ser possível nos distritos de Lisboa, Setúbal, Alentejo e Algarve.

Numa declaração aos jornalistas na sede do CHEGA, em Lisboa, André Ventura referiu os resultados que o partido teve nos vários pontos do país nas últimas eleições legislativas, em março, considerando que tem força para “apresentar um projeto autárquico de implantação autónomo e não ir às costas ou ir à boleia de ninguém”.

O objetivo é no próximo ano conseguir uma “forte implantação” em todo o país e vencer nos distritos onde teve melhores resultados, reforçando nos restantes.

“O CHEGA quer ir com a sua força, com a sua autonomia e também com o seu valor político, e por isso nós não queremos uma implantação local artificial às costas ou do PSD ou de outro partido qualquer”, salientou.

André Ventura afirmou igualmente que “o CHEGA vai apresentar-se sozinho a estas eleições sem coligações pré-eleitorais”, admitindo no entanto uma análise caso a caso com base na realidade de certos locais, e entendimentos “com movimentos independentes ou com movimentos da sociedade civil que tenham sido próximos do CHEGA”.

“Mas nós não faremos nenhuma coligação pré-eleitoral autárquica com o PSD ou com qualquer outro partido”, salientou, garantindo que em todas as capitais de distrito o CHEGA terá candidaturas autónomas.

André Ventura indicou que no próximo congresso do partido, que deverá realizar-se entre o final deste ano e o início do próximo, será apresentada uma moção para que o CHEGA se apresente sozinho às eleições autárquicas.

“Ao contrário de outros que insistem em ser as muletas e os idiotas úteis do Governo e do PSD, o CHEGA tem consciência da sua força e não precisa de ser muleta de nenhum partido”, indicou.

Questionado sobre candidatos, o líder do CHEGA recusou adiantar nomes, remetendo esse anúncio para o início do próximo ano. Mas admitiu que podem concorrer pelo CHEGA candidatos independentes ou “de outros partidos, como o PSD, da área do centro-direita”.

André Ventura disse também que o CHEGA tem uma comissão autárquica, coordenada pelos secretários-gerais Pedro Pinto e Rui Paulo Sousa, a recolher as propostas de candidaturas.

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.