Seguro de saúde só é dedutível se a cobertura for igual entre trabalhadores

As despesas de uma empresa com um seguro de saúde atribuído aos trabalhadores apenas podem ser dedutíveis para efeitos de IRC se a cobertura for idêntica para todos, refere a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT).

© D.R.

A dúvida fiscal consta de um pedido de informação vinculativa, agora divulgado, com um contribuinte a pretender saber se o seguro é dedutível como gasto, para efeitos de IRC, sendo usado o critério da antiguidade como base para oferecer diferentes coberturas aos trabalhadores.

Além desta dúvida, o contribuinte em questão quer também saber qual o tratamento fiscal se a apólice incluir elementos do agregado familiar de alguns trabalhadores, sendo este encargo com a inclusão de familiares debitado ao seu salário.

Perante este contexto, a AT esclarece que as despesas com o seguro de saúde não podem ser dedutíveis para efeitos do IRC, porque as condições “não serão idênticas para todas as pessoas seguras, caso a opção seja a do critério da antiguidade” e não resultando esta diferenciação de critérios estabelecidos por Convenção Coletiva de Trabalho.

“De facto, para um seguro de saúde, não se afigura que a diferente antiguidade dos colaboradores constitua uma justificação aceitável” para efeitos do disposto no artigo do código do IRC que delimita alguns dos gastos dedutíveis.

Além disso, esclarece a AT, os custos com a inclusão de familiares no seguro também não serão dedutíveis pela empresa sendo estes suportados pelo trabalhador. Já se for a empresa a suportá-los, serão considerados como remuneração acessória, fazendo parte do vencimento do trabalhador (“constando no recibo respetivo”), pelo que o gasto será dedutível para a empresa, mas tributado como rendimento de trabalho ao funcionário para efeitos de IRS.

Últimas de Economia

O montante investido em certificados de aforro voltou a subir em março, em termos homólogos, para 36.481 milhões de euros, representando um crescimento de 7,3%, segundo dados hoje divulgados pelo Banco de Portugal (BdP).
O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu em baixa as suas previsões para o crescimento da economia mundial, para 2,8% este ano, face aos 3,3% que apontou em janeiro, segundo o World Economic Outlook (WEO), hoje publicado.
Os estragos do mau tempo de há um mês provocaram prejuízos de 5,6 milhões de euros na agricultura em Lisboa e Vale do Tejo (LVT), segundo o levantamento da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR).
A CIP - Confederação Empresarial de Portugal vai reunir-se, a partir de terça-feira, com alguns líderes dos partidos com grupos parlamentares, para conhecer os programas económicos, pouco tempo antes das eleições, e apresentar várias medidas, segundo um comunicado.
A pesca da sardinha reabre hoje, cerca de quatro meses após ter encerrado, e Portugal conta com uma quota de 34.406 toneladas para este ano.
O número total de desempregados inscritos nos centros de emprego subiu 1,5% em março, em termos homólogos, mas baixou 2,7% face a fevereiro, para 329.521, de acordo com dados hoje divulgados pelo IEFP.
O fundador do Fórum Económico Mundial, Klaus Schwab, demitiu-se do cargo de presidente e membro do Conselho de Administração da organização com efeitos imediatos, virando uma página na história da instituição conhecida pela reunião anual de Davos, na Suíça.
O preço do ouro continua a quebrar máximos históricos, alcançando hoje um valor próximo dos 3.400 dólares a onça (equivalente a 28,3 gramas)
O Banco Central Europeu (BCE) acredita que a adoção do euro digital vai levar à retirada de cinco em cada 10 euros físicos em circulação, segundo um relatório hoje divulgado.
O Governo italiano vai permitir que a oferta pública de aquisição (OPA) do Banco BPM pela UniCredit avance, desde que sejam cumpridas algumas condições, de acordo com um comunicado divulgado esta sexta-feira à noite.