Putin admite atacar países que fornecem armas para atingir a Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.

© Facebook/Vladimir Putin

“A partir deste momento, como sublinhámos repetidamente, o conflito na Ucrânia, anteriormente provocado pelo Ocidente, adquiriu elementos de caráter global”, defendeu Vladimir Putin num breve discurso à nação.

O líder do Kremlin afirmou que o seu país está preparado para “qualquer cenário”, após a utilização esta semana de mísseis de longo alcance fornecidos por Estados Unidos e Reino Unido em solo russo e da revisão da doutrina nuclear russa, que aumenta as possibilidades do Kremlin sobre o recurso a este tipo de armamento.

“Sempre estivemos prontos, e ainda estamos, para resolver todos os problemas por meios pacíficos, mas também estamos prontos para lidar com quaisquer desenvolvimentos”, alertou Putin no discurso transmitido pela televisão russa, acrescentando: “Se alguém ainda duvida, é inútil”.

Nesse sentido, advogou o direito de Moscovo “utilizar armas contra as instalações militares dos países que autorizam o uso do seu armamento” contra instalações russas.

O discurso do presidente russo acontece no mesmo dia em que as autoridades ucranianas registaram um ataque, sem precedentes no conflito, de um míssil balístico sem carga nuclear contra Dnipro, no centro do país, e que foi confirmado por Putin.

“Os nossos engenheiros chamaram-lhe ‘Orechnik'”, disse Putin no seu discurso, adicionando que o ataque foi executado com um novo míssil de alcance intermédio e teve como alvo “um local do complexo militar-industrial ucraniano”.

Últimas do Mundo

Pelo menos quatro pessoas morreram baleadas em Stockton, no estado da Califórnia, no oeste dos Estados Unidos, anunciou a polícia, que deu conta ainda de dez feridos.
O estudante que lançou uma petição a exigir responsabilização política, após o incêndio que matou 128 pessoas em Hong Kong, foi detido por suspeita de "incitação à sedição", noticiou hoje a imprensa local.
O alto comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, denunciou hoje que “pelo menos 18 pessoas” foram detidas no golpe de Estado de quarta-feira na Guiné-Bissau e pediu que se respeitem os direitos humanos.
O Tribunal Penal Internacional (TPI), confirmou, na sexta-feira, que continua a investigar crimes contra a humanidade na Venezuela, depois de em setembro o procurador-chefe Karim Khan se ter afastado por alegado conflito de interesses.
Um "ataque terrorista" russo com drones na capital da Ucrânia causou hoje pelo menos um morto e sete feridos, além de danos materiais significativos, anunciaram as autoridades de Kiev.
O Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje que um grupo de homens armados e encapuçados invadiu a sua sede, em Bissau, agredindo dirigentes e colaboradores presentes no local.
A agência de combate à corrupção de Hong Kong divulgou hoje a detenção de oito pessoas ligadas às obras de renovação do complexo residencial que ficou destruído esta semana por um incêndio que provocou pelo menos 128 mortos.
O gato doméstico chegou à Europa apenas há cerca de 2000 anos, desde populações do norte de África, revela um novo estudo que desafia a crença de que o berço deste felino é o Médio Oriente.
Os estabelecimentos hoteleiros da região semiautónoma chinesa de Macau tiveram 89,3% dos quartos ocupados no mês passado, o valor mais elevado para outubro desde antes da pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.
A infertilidade afeta uma em cada seis pessoas no mundo em algum momento da sua vida reprodutiva e 36% das mulheres afetadas também são vítimas de violência por parte de seus parceiros, alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS).