Putin admite atacar países que fornecem armas para atingir a Rússia

O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu hoje que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.

© Facebook/Vladimir Putin

“A partir deste momento, como sublinhámos repetidamente, o conflito na Ucrânia, anteriormente provocado pelo Ocidente, adquiriu elementos de caráter global”, defendeu Vladimir Putin num breve discurso à nação.

O líder do Kremlin afirmou que o seu país está preparado para “qualquer cenário”, após a utilização esta semana de mísseis de longo alcance fornecidos por Estados Unidos e Reino Unido em solo russo e da revisão da doutrina nuclear russa, que aumenta as possibilidades do Kremlin sobre o recurso a este tipo de armamento.

“Sempre estivemos prontos, e ainda estamos, para resolver todos os problemas por meios pacíficos, mas também estamos prontos para lidar com quaisquer desenvolvimentos”, alertou Putin no discurso transmitido pela televisão russa, acrescentando: “Se alguém ainda duvida, é inútil”.

Nesse sentido, advogou o direito de Moscovo “utilizar armas contra as instalações militares dos países que autorizam o uso do seu armamento” contra instalações russas.

O discurso do presidente russo acontece no mesmo dia em que as autoridades ucranianas registaram um ataque, sem precedentes no conflito, de um míssil balístico sem carga nuclear contra Dnipro, no centro do país, e que foi confirmado por Putin.

“Os nossos engenheiros chamaram-lhe ‘Orechnik'”, disse Putin no seu discurso, adicionando que o ataque foi executado com um novo míssil de alcance intermédio e teve como alvo “um local do complexo militar-industrial ucraniano”.

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