Marinha e PJ intercetam pesqueiro com 1,6 toneladas de cocaína em operação internacional

A Polícia Judiciária e Marinha intercetaram, a cerca de 500 milhas de Cabo Verde, um pesqueiro com bandeira do Brasil com 1,6 toneladas de cocaína a bordo, no âmbito de uma operação internacional de combate ao tráfico de droga.

©Facebook PJ

Num comunicado divulgado hoje, a Polícia Judiciária (PJ) adiantou que a embarcação, com uma tripulação de seis homens de nacionalidade brasileira, foi escoltada para Cabo Verde, onde foi alvo de buscas que permitiram encontrar um compartimento oculto com 60 fardos de cocaína.

Na sequência destas buscas, todos os membros da tripulação foram detidos pelas autoridades de Cabo Verde.

A localização e a interceção da embarcação, a cerca de 500 milhas náuticas (cerca de 900 quilómetros) a oeste do arquipélago de Cabo Verde, ocorreu através do navio patrulha oceânico da Marinha, que tinha embarcados também elementos da PJ portuguesa e cabo-verdiana.

Existiam fortes suspeitas do pesqueiro estar a ser usado por uma organização criminosa no transporte de uma elevada quantidade de cocaína entre a América do Sul e o continente europeu, salientou ainda o comunicado.

A PJ, através da Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes, e a Marinha, com um navio patrulha oceânico e uma equipa do Destacamento de Abordagem da Unidade de Operações Especiais dos Fuzileiros, participaram, nas últimas semanas, numa operação internacional de combate ao tráfico de droga.

A operação “Ventos Alísios” foi coordenada através do Maritime Analisys and Operations Centre – Narcotics (MAOC-N), uma plataforma de cooperação internacional para reforço do combate ao tráfico de drogas por via marítima, com sede em Lisboa, e da qual fazem parte nove países europeus: Portugal, Espanha, França, Itália, Países Baixos, Irlanda, Reino Unido, Bélgica e Alemanha.

Além do envolvimento direto de Cabo Verde e de Portugal, esta operação contou também com a colaboração ativa da Polícia Federal do Brasil, da Drug Enforcement Administration dos EUA e da National Crime Agency do Reino Unido, referiu também a PJ, adiantando que as investigações a este caso prosseguem.

Últimas do País

A operação 'Portugal Sempre Seguro', que juntou várias polícias e entidades do Estado, registou 60 detenções nos últimos seis dias, 32 das quais relacionadas com crimes rodoviários, segundo resultados provisórios divulgados esta segunda-feira.
Quase 50 elementos da Frontex vão reforçar os aeroportos portugueses em 2026 para trabalharem em conjunto com os polícias da Unidade Nacional de Estrangeiros e Fronteiras da PSP no controlo das fronteiras aéreas, revelou à Lusa aquela polícia.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) instaurou um processo-crime por abate clandestino e 38 processos de contraordenação a talhos, por infrações como o desrespeito das normas de higiene, foi hoje anunciado.
Um homem de mais de 50 anos foi descoberto sem vida num canavial em Queijas, com marcas claras de "morte violenta".
Um sismo de magnitude 2,7 na escala de Richter foi sentido hoje na Terceira, nos Açores, no âmbito da crise sismovulcânica em curso na ilha, informou o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA).
Uma sondagem da Intercampus para o Correio da Manhã e CMTV revela um país farto do estado da Saúde: 58,4% exigem a demissão imediata da ministra e apontam-lhe responsabilidades diretas no caos do SNS.
Um novo foco de gripe das aves foi detetado no Ramalhal, em Torres Vedras, numa capoeira doméstica com gansos, patos, galinhas pintadas e codornizes, anunciou a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas efetivas de prisão para o ex-presidente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermínio Loureiro, e mais quatro arguidos do processo Ajuste Secreto.
O Ministério Público (MP) acusou o dono de um stand automóvel de Vila do Conde num processo de fraude fiscal que terá lesado o Estado em mais de 1,6 milhões de euros.
Pelo menos 24 mulheres foram assassinadas em Portugal este ano até 15 de novembro, das quais 21 como resultado de violência de género (femicídio), segundo o Observatório de Mulheres Assassinadas (OMA) da União de Mulheres Alternativa e Resposta (UMAR).