Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar preocupada com qualidade dos cuidados à comunidade

A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar (SPEPH) afirmou hoje estar muito preocupada com a formação dos técnicos de emergência pré-hospitalar, apontando que está em causa a qualidade dos cuidados prestados à comunidade.

© D.R.

“A Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar declara, desde já, elevada inquietação uma vez que não estão a ser garantidos os princípios básicos, que deveriam ser um padrão convenientemente norteado pela ciência”, começa por dizer a SPEPH, em comunicado.

A preocupação da organização surge depois de a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) ter concluído que há técnicos de emergência pré-hospitalar no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) que ingressam na carreira sem ter os requisitos necessários.

As conclusões são parte de um projeto de relatório à auditoria pedida pela ministra da Saúde para avaliar a legalidade e a eficiência da gestão do INEM, no qual a IGAS diz que o instituto não conseguiu assegurar a realização dos cursos de formação para os Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (TEPH) nos termos em que foram aprovados.

Aponta, designadamente, o prazo da realização desta formação (curso base) e a estrutura dos estágios em ambulatório ou bloco operatório, acrescentando que não foram concluídos todos os estágios em ambulância-escola por falta de recursos.

Na opinião da Sociedade Portuguesa de Emergência Pré-Hospitalar, “este incumprimento coloca em causa a qualidade dos cuidados prestados à comunidade”.

Recomendam, por isso, “a adoção de medidas céleres e concretas no superior interesse dos pacientes” e a adoção de um modelo de educação sobre serviços médicos de emergência que seja ministrado em Faculdades de Medicina.

O projeto de relatório da auditoria pedida pela ministra da Saúde, Ana Paula Martins, avaliou quatro grandes áreas: meios de emergência médica, compras públicas, formação profissional e atração e retenção de trabalhadores em áreas críticas.

O documento, que ficou concluído na sexta-feira, vai ser remetido ao INEM, para o exercício do contraditório, tendo a IGAS emitido 44 recomendações.

Últimas do País

A embaixada dos Estados Unidos em Portugal está a pedir a empresas em Portugal, com as quais tem contrato, para confirmarem se estão em linha com as leis federais norte-americanas contra a diversidade e inclusão, solicitando que “completem um documento”.
O TikTok está a colaborar com as autoridades portuguesas sobre o vídeo relativo a uma alegada violação de uma menor de 16 anos em Loures, que terá tido 32 mil visualizações antes de ser retirado da rede social.
O Parlamento Europeu defende que é necessário ter cautela com mensagens e telefonemas e nunca revelar senhas, num contexto em que os cibercrimes são "um problema crescente", num guia lançado sobre este tipo de crime.
A Plataforma de Acolhimento e Tratamento Animal (PATA), projeto de Vila Nova de Gaia que acolhe os cães e gatos recolhidos pelo município, tenta há quatro anos equilibrar o desafio da lotação e a sensibilização para a adoção ponderada.
As detenções feitas pela PSP no primeiro trimestre do ano aumentaram cerca de 63% em relação ao mesmo período de 2024, ao totalizarem 8.100, e quase metade foram por crimes rodoviários, revelou hoje aquela polícia.
O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) elevou de seis para 10 os distritos sob aviso amarelo hoje e sexta-feira devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes, que podem ser acompanhados de trovada e granizo.
Cerca de metade do efetivo da PSP ultrapassa os 40 anos e um terço tem entre 50 e 59 anos, indica o balanço social desta polícia de 2024, destacando que continuam a sair mais polícias do que a entrar.
Os produtores podem candidatar-se, a partir de hoje e até maio, a um apoio global de 9,9 milhões de euros para fazer face ao impacto da doença da língua azul e da tempestade Kirk.
O tribunal condenou hoje o proprietário de um centro de ATL em Viana do Castelo a uma pena de dois anos e nove meses de prisão, suspensa por três anos, por quatro crimes de abuso sexual de crianças.
A Polícia Judiciária (PJ) desmantelou hoje um laboratório clandestino de produção de drogas que funcionava num apartamento em Lisboa, no decurso de uma operação que visou estabelecimentos prisionais e que levou à detenção de 13 pessoas.