Ministro do Interior francês defende reforço de medidas antiterroristas

O ministro do Interior francês, Bruno Retailleau, apelou a um reforço da segurança antiterrorista referindo-se aos recentes ataques na cidade alemã de Magdeburgo e em Nova Orleães, nos Estados Unidos.

© Facebook de Bruno Retailleau

“Trata-se de uma medida de prevenção. Mas o que aconteceu na Alemanha e em Nova Orleães [EUA] mostra que temos de manter um elevado nível de prudência”, explicou Retailleau numa entrevista à estação de rádio RTL, referindo-se a uma diretiva que foi dirigida aos responsáveis regionais franceses.

“A ameaça nunca esteve tão presente”, sublinhou o ministro numa outra entrevista ao diário Le Parisien, na qual recordou que, em 2024, foram impedidos nove atentados levados a cabo por radicais islâmicos em França, o número mais elevado desde 2017.

Para o responsável pelo Ministério do Interior (correspondente ao Ministério da Administração Interna), os números “significam que a ameaça continua presente” acrescentando que “o terreno fértil da ameaça é o extremismo islâmico”.

O ministro considera que a principal base ideológica do radicalismo islâmico em França é a organização Irmandade Muçulmana, que apesar de pouco numerosa (entre 400 e mil indivíduos), conseguiu um “certo grau de influência” nas mesquitas e associações.

Perante esta realidade, uma das propostas do ministro do Interior de França é alargar o que chamou “neutralidade religiosa” no desporto e na educação e defendeu medidas como a proibição do uso do véu islâmico por parte das mães que acompanham estudantes nas viagens de estudo.

Outra ameaça identificada pelo ministro do Interior está relacionada com os reclusos depois de cumprirem as penas de prisão.

Embora os ex-reclusos estejam sujeitos a medidas de vigilância individual quando saem da prisão, Retailleau considera que “devem ser-lhes aplicadas medidas de segurança judicial firmes nos centros de detenção, como aconteceu em 2008 com as pessoas condenadas por pedofilia”.

O anúncio público do ministro surge no décimo aniversário do atentado contra a redação da revista satírica Charlie Hebdo, em Paris.

Últimas do Mundo

O antigo primeiro-ministro malaio Najib Razak foi hoje condenado a 15 anos de prisão por corrupção no fundo de investimento estatal 1Malaysia Development Berhad (1MDB).
A Comissão Europeia aprovou o pedido do Governo português para reprogramar os fundos europeus do PT2030, bem como dos programas operacionais regionais do atual quadro comunitário de apoio.
A autoridade da concorrência italiana aplicou esta terça-feira uma multa de 255,8 milhões de euros à companhia aérea de baixo custo irlandesa Ryanair por abuso de posição dominante, considerando que impediu a compra de voos pelas agências de viagens.
A Amazon anunciou ter bloqueado mais de 1.800 candidaturas suspeitas de estarem ligadas à Coreia do Norte, quando crescem acusações de que Pyongyang utiliza profissionais de informática para contornar sanções e financiar o programa de armamento.
Os presumíveis autores do ataque terrorista de 14 de dezembro em Sydney lançaram explosivos que não chegaram a detonar durante o ataque na praia de Bondi, onde morreram 16 pessoas, incluindo um dos agressores, segundo documentos revelados hoje.
Milhares de pessoas traficadas para centros de burlas no Sudeste Asiático sofrem tortura e são forçados a enganar outras em todo o mundo, numa indústria multimilionária de escravidão moderna. À Lusa, sobreviventes e associações testemunharam a violência.
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC) alertou para o aumento das infeções sexualmente transmissíveis entre jovens, particularmente a gonorreia, e defendeu que a educação sobre esta matéria em contexto escolar é crucial.
A Polícia Judiciária (PJ) está a colaborar com a investigação norte-americana ao homicídio do físico português Nuno Loureiro, estando em contacto com as autoridades e “a prestar todo o suporte necessário às investigações em curso”.
Uma celebração judaica transformou-se num cenário de terror na praia de Bondi, em Sydney. Pai e filho abriram fogo sobre centenas de pessoas, provocando pelo menos 15 mortos e mais de 40 feridos.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou hoje que uma em cada dez crianças no mundo vai precisar de ajuda no próximo ano, com o Sudão e Gaza a registarem as piores emergências infantis.