Alexander Schallenberg vai assumir interinamente o executivo da Áustria

O ministro austríaco dos Negócios Estrangeiros, Alexander Schallenberg, vai ser o líder interino da Áustria enquanto o Partido da Liberdade, de direita radical, tenta formar um novo governo de coligação.

© Facebook de Alexander Schallenberg

A decisão foi comunicada hoje pelo gabinete do Presidente austríaco.

 Schallenberg, 55 anos, vai assumir as funções do chanceler cessante Karl Nehammer, que anunciou a demissão no fim de semana, após o fracasso dos esforços tentados para formar uma coligação que excluía o Partido da Liberdade.

Nehammer tenciona demitir-se na sexta-feira.

O gabinete do Presidente Alexander Van der Bellen declarou, em comunicado, que “o Chefe de Estado vai convocar formalmente Schallenberg para continuar a gestão da Chancelaria e de chefiar o Governo provisório”.

Esta é a segunda vez que Schallenberg exerce a liderança da Áustria.

Schallenberg foi chanceler durante dois meses no final de 2021, após a renúncia de Sebastian Kurz, antes de passar o cargo a Nehammer tendo regressado depois ao Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O Partido da Liberdade, anti-imigração, eurocético e próximo da Rússia, venceu as eleições parlamentares na Áustria em setembro do ano passado, mas foi inicialmente rejeitado por outros partidos.

 Depois de Nehammer ter anunciado a demissão, o Partido Popular Austríaco, de orientação conservadora, voltou atrás na anterior recusa em considerar a possibilidade de trabalhar com o Partido da Liberdade, liderado por Herbert Kickl.

 Na segunda-feira, Kickl recebeu um mandato para tentar formar o que seria o primeiro governo liderado pela direita radical desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Trata-se de um processo que pode demorar semanas ou meses e não tem garantias de continuidade.

Últimas de Política Internacional

Um incêndio na zona mais sensível da COP30 lançou o caos na cimeira climática e forçou a retirada imediata de delegações, ministros e equipas técnicas, abalando o ambiente das negociações internacionais.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou hoje “medidas enérgicas” contra os colonos radicais e seus atos de violência dirigidos à população palestiniana e também às tropas de Israel na Cisjordânia.
A direita radical francesa quer que o Governo suspenda a sua contribuição para o orçamento da União Europeia, de modo a impedir a entrada em vigor do acordo com o Mercosul.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Abbas Araghchi, afirmou hoje que Teerão não está a enriquecer urânio em nenhum local do país, após o ataque de Israel a instalações iranianas, em junho.
O Governo britânico vai reduzir a proteção concedida aos refugiados, que serão “obrigados a regressar ao seu país de origem logo que seja considerado seguro”, anunciou hoje o Ministério do Interior num comunicado.
O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje uma reformulação das empresas estatais de energia, incluindo a operadora nuclear Energoatom, que está no centro de um escândalo de corrupção há vários dias.
A China vai proibir, temporariamente, a navegação em parte do Mar Amarelo, entre segunda e quarta-feira, para realizar exercícios militares, anunciou a Administração de Segurança Marítima (MSA).
A Venezuela tem 882 pessoas detidas por motivos políticos, incluindo cinco portugueses que têm também nacionalidade venezuelana, de acordo com dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Fórum Penal (FP).
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).