“Vale a pena ver como é que funciona o Ministério e a ministra”

O Presidente da República sugeriu hoje que se espere para ver como funciona a Direção Executiva do SNS, dirigida por Álvaro Almeida, com a atual ministra da Saúde, Ana Paula Martins, antes de se fazer mudanças.

© Facebook da Presidência da República

“Nesta situação, em que mudou a equipa executiva, não faz muito sentido o estar a questionar o Ministério. Vale a pena ver como é que funciona o Ministério e a ministra e a Direção Executiva”, declarou Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, neste contexto, “talvez faça sentido esperar um bocadinho para ver o que é que a prática dá”, tendo decorrido apenas dez meses de governação, “o que é que dá depois de passado inverno, o que é que dá com a intervenção noutros setores, para depois ver qual é a orgânica mais adequada à realidade”.

Interrogado se já recebeu algum nome do primeiro-ministro para substituir o exonerado secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, o chefe de Estado respondeu que não e que aguarda a proposta de Luís Montenegro para decidir e marcar a posse.

O chefe de Estado falou aos jornalistas depois de participar na cerimónia de entrega do Prémio Bial de Medicina Clínica 2024, em que discursou e abordou o tema do modelo de gestão do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e compatibilização de papeis entre Direção Executiva e Ministério da Saúde.

Na sua intervenção, Marcelo Rebelo de Sousa qualificou o atual momento como um “período de liderança assertiva” do Ministério da Saúde que não é favorável a “estar a querer conceptualizar e definir um esquema ideal para uma nova equipa” da Direção Executiva do SNS, “que não é a equipa originária, nem foi a transição”.

“Não é possível, porque se há liderança, há liderança. E, portanto, a estrutura executiva executa o que a liderança define. Qual é o risco? A liderança tem de se expor todos os dias sobre todos os temas porque eles vão parar ao departamento ministerial e à liderança”, acrescentou.

À saída, em resposta aos jornalistas, o Presidente da República retomou o tema, realçou que a Direção Executiva do SNS foi criada pelo anterior Governo do PS e sustentou que por parte do atual executivo PSD/CDS-PP “a ideia era ter uma ministra forte, uma ministra que intervinha”.

“Portanto, agora em que se discute se vale a pena fazer uma lei para dividir, retocar a divisão entre o que é da ministra, do Ministério, e o que é da gestão executiva, tem de se pensar muito bem, porque tem de se ajustar ao perfil das pessoas e ao perfil da realidade”, considerou.

Últimas de Política Nacional

O Tribunal Constitucional (TC) confirmou, em conferência, a decisão definitiva de perda de mandato do presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, Eduardo Vítor Rodrigues, do PS, por uso indevido de um carro deste município do distrito do Porto.
O antigo primeiro-ministro José Sócrates apresenta na terça-feira, em Bruxelas uma queixa-crime contra o Estado português no Tribunal dos Direitos do Homem relativa à Operação Marquês, em que é acusado e se arrasta há 14 anos.
O presidente do CHEGA exigiu hoje a revogação do acordo, no âmbito da CPLP, que permite residência após entrada com visto de turismo ou de estudante, e insistiu na perda da nacionalidade para quem cometa crimes.
O presidente do CHEGA anunciou hoje que vai propor um desagravamento do IRS maior do que o previsto pelo Governo para contribuintes dos escalões da classe média e uma dedução das despesas de habitação até 850 euros.
O CHEGA anunciou hoje que Miguel Corte-Real, de 39 anos, gestor, será o candidato do partido a presidente da Câmara Municipal do Porto nas próximas eleições autárquicas.
O CHEGA vai votar a favor da comissão de inquérito à gestão do INEM proposta pela IL, e quer também uma auditoria “independente completa” aos serviços de saúde que abranja os últimos 10 anos.
O Parlamento aprovou hoje o pedido de urgência do Governo para apreciação da proposta de lei do Governo sobre IRS, apenas com a abstenção do PCP.
Apesar de o Governo ter “dado razão ao CHEGA” na imigração, as medidas ficam aquém. Ventura não poupa nas críticas e acusa o Executivo de “andar a reboque” das ideias que o CHEGA defende há anos.
O encerramento das grandes superfícies aos domingos e feriados e a redução do período de funcionamento destes espaços até às 22:00 foi hoje rejeitado pelo PSD, CDS, CHEGA, PS e IL.
Segundo o Projeto de Lei, os motivos invocados prendem-se com a Constituição que garante a igualdade e dignidade social, sem privilégios por religião, ideologia ou género, e não só.