O discurso de JD Vance em Munique teve um mérito particular: o de lembrar à Europa o quão grande ela já foi e que não há nenhuma razão válida para não voltar a essa grandeza. Lembrou que o verdadeiro perigo para a Europa não é externo, mas interno, prestando um justo tributo a um continente que já foi farol da civilização e que permanece integralmente na posse do seu destino. Assente em três pilares fundamentais – o cristianismo, o conservadorismo e o liberalismo –, a Europa partilha com os EUA um conjunto de princípios axiais; e é neles, e nessa partilha, que reside a força da nossa união sagrada.
Estamos unidos por valores como o patriotismo, a religião, a família, o labor incansável, a honestidade, a retidão moral e, acima de tudo, a liberdade – o fio invisível que une e sustenta tudo. A Aliança Atlântica é uma aliança de valores e só depois de interesses. Lado a lado, em nome deles, travámos guerras e derramámos sangue.
Os responsáveis pelo nosso declínio não estão em condições de liderar a mudança necessária. Essa missão cabe aos novos políticos de direita que souberam escutar, nas palavras de Vance, não a decadência da Europa, mas o renascimento da sua grandeza.