Dívida das famílias, empresas e Estado avança para 818,4 mil milhões de euros em janeiro

O endividamento do setor não financeiro, que reúne administrações públicas, empresas e particulares, aumentou cerca de 4.400 milhões de euros em janeiro, em termos homólogos, para 818.400 milhões de euros, anunciou hoje o Banco de Portugal.

© D.R.

No final de janeiro deste ano, o endividamento do setor privado – que inclui empresas e particulares – representava 455.000 milhões de euros, enquanto a dívida do setor público – que inclui administrações públicas e empresas públicas – totalizava 363.400 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).

A maior fatia da evolução homóloga da dívida do setor não financeiro deveu-se ao setor público, que no espaço de 12 meses aumentou cerca de 4.000 milhões de euros, com a maioria (3.100 milhões de euros) a ser junto do exterior.

O banco central atribuiu esta subida ao investimento de não residentes em títulos de dívida pública de longo prazo, mas também aumento perante as empresas (mais 500 milhões de euros), as administrações públicas (300 milhões de euros) e os particulares (200 milhões de euros).

Por sua vez, a dívida do setor privado era, em janeiro, cerca de 400 milhões de euros superior à registada um ano antes.

A maior fatia foi dos particulares, cuja dívida aumentou em 300 milhões de euros, “principalmente junto dos bancos, por via do crédito à habitação”, enquanto as empresas privadas subiram a sua dívida em 100 milhões de euros.

Em janeiro, o endividamento das empresas privadas teve uma taxa de variação anual (tva) – que exclui o impacto das variações que não tenham sido motivadas por transações propriamente ditas – de 1,6%, acelerando face a 1,2% no mês anterior.

O banco central aponta que a tva do endividamento dos particulares “apresenta uma tendência de crescimento nos últimos 15 meses”, tendo, em janeiro, subido 4,2%.

Últimas de Economia

Os ministros das Finanças da União Europeia (UE) devem hoje dar aval a que Portugal invista mais em defesa sem correr o risco de ter procedimento por défice excessivo, aprovando a ativação da cláusula de escape nacional.
A Euribor desceu hoje em todos os prazos em relação a sexta-feira, e a seis meses recuou para um novo mínimo desde 13 de outubro de 2022.
O Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 10% a qualquer país que se alinhe com as políticas do bloco BRICS, que descreveu como sendo contra Washington.
Os preços homólogos das habitações aumentaram, no primeiro trimestre, 5,4% na área do euro e 5,7% na União Europeia (UE), com Portugal a apresentar o maior aumento (16,3%) entre os Estados-membros, divulga hoje o Eurostat.
Os clientes dos bancos estão a celebrar com maior frequência empréstimos à habitação com taxas de juro mistas, tipologia que abrangeu mais de 80% do total de novos contratos em 2024, segundo o Banco de Portugal.
Os sindicatos que representam os trabalhadores da Altice disseram hoje que as rescisões na empresa já abrangeram cerca de 200 pessoas, segundo um comunicado hoje divulgado.
As transferências de clientes com contas bancárias em Portugal para instituições financeiras localizadas em paraísos fiscais aumentaram em 2024 para cerca de 8.000 milhões de euros, segundo dados publicados no Portal das Finanças.
O Serviço Nacional de Saúde (SNS) registou em 2024 um défice de cerca de 1.377 milhões de euros, representando uma deterioração de 741 milhões relativamente a 2023, anunciou hoje o Conselho das Finanças Públicas (CFP).
O reembolso do IRS totalizou 1.377,4 milhões de euros até maio, abaixo dos 2.020,6 milhões de euros reportados no mesmo período do ano passado, indicou a síntese de execução orçamental.
O Tribunal de Contas (TdC) anunciou hoje que concedeu o visto ao contrato do INEM para o transporte aéreo de emergência médica, no âmbito do concurso público que prevê a operação de quatro helicópteros pela empresa Gulf Med.