Três urgências fechadas no 25 de Abril e seis no fim de semana

Três urgências vão estar fechadas no feriado do 25 de Abril, número que sobe para seis no sábado e no domingo, a maioria de obstetrícia e ginecologia, segundo a informação publicada no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

© D.R.

De acordo com as Escalas de Urgência do Serviço Nacional de Saúde, atualizadas pelos hospitais, vão estar encerradas na sexta-feira as urgências de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, do Hospital Amadora-Sintra e do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro.

No sábado, está previsto o encerramento dos serviços de urgência destas especialidades nos hospitais de Almada, do Barreiro, Vila Franca de Xira e do Hospital Distrital de Santarém (Obstetrícia).

Segundo as escalas, consultadas pela Lusa às 13:30 de hoje, reabrem, no domingo, as urgências de Ginecologia e Obstetrícia de Vila Franca de Xira e do Hospital Distrital de Santarém, e encerram as do Hospital Distrital das Caldas da Rainha e do Hospital Santo André, Leiria.

Durante os três dias, o serviço de urgência de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital São Bernardo, em Setúbal, vai estar condicionado, recebendo apenas casos encaminhados pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM).

As urgências de pediatria do Hospital Vila Franca de Xira e do Hospital Beatriz Ângelo, em Loures, vão estar fechadas no fim de semana.

A urgência pediátrica do Hospital Amadora-Sintra também vai estar referenciada nos três dias, entre as 00:00 e as 08:00 e entre as 20:00 e a meia-noite, recebendo apenas casos de urgência internos ou referenciados pelo INEM ou pela linha SNS 24.

As escalas disponibilizadas no portal do SNS indicam ainda que cerca de 130 serviços de urgência estarão abertos em todo o país durante o fim de semana prolongado, a que se juntam mais de 30 de ginecologia e obstetrícia que estarão a funcionar, mas no âmbito do projeto-piloto, que implica um contacto prévio das utentes com a linha SNS 24.

Os constrangimentos dos serviços de urgência devem-se, sobretudo, à falta de médicos especialistas para assegurarem as escalas, uma situação que é mais frequente em períodos de férias, como o verão e final de ano, e fins de semana prolongados.

Segundo o canal de televisão CNN Portugal, a Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai avançar nos próximos dias com uma auditoria sobre estes encerramentos.

Em declarações à CNN Portugal o inspetor-geral Carlos Caeiro Carapeto disse que o objetivo é apurar como é feita “a organização do trabalho no serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia”, nomeadamente verificar se o mapa de férias dos profissionais de saúde aprovado teve em conta os problemas que podem ser causados nestas semanas com feriados junto aos fim de semana.

A auditoria, que terá início na próxima segunda-feira, incidirá, no imediato, no Hospital Garcia de Orta e no Hospital do Barreiro.

Neste último, por a urgência estar temporariamente encerrada ao exterior, uma grávida acabou por ter a criança no corredor do hospital, refere a CNN, adiantando que o caso desta grávida será também avaliado no âmbito desta auditoria.

O próprio diretor-geral irá deslocar-se aos hospitais para dar início ao processo de auditoria. “A ideia é explicar aos médicos o objetivo da auditoria e ajudar os hospitais a arranjar soluções para melhorarem o estado das coisas”, disse Carlos Caeiro Carapeto.

O período analisado na auditoria será entre 13 de abril e 4 de maio, que inclui as semanas com os feriados de 25 de Abril e de 1 de Maio.

“Um dos aspetos que queremos ver é se o planeamento de férias teve em conta os constrangimentos que podem surgir nestes dias”, disse Caeiro Carapeto, acrescentando que outro dos fatores a analisar será a articulação que foi definida entre os hospitais e outras entidades de saúde e a definição de procedimentos para situações de contingência que possa surgir.

Últimas do País

Três concelhos dos distritos da Guarda e de Coimbra estão hoje em risco máximo de incêndio, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
A prisão de Lisboa, a maior do país, com cerca de mil reclusos, enfrenta um cenário de elevada tensão. A paralisação dos guardas prisionais, iniciada na quarta-feira, está a gerar revolta entre os detidos, que se encontram privados de visitas, da entrega de alimentos e de roupa lavada.
Cerca de 1,8 milhões de pessoas em Portugal viviam em agregados familiares com um rendimento mensal inferior a 632 euros por adulto equivalente, em 2023. Entre os diferentes grupos etários analisados, os idosos foram os mais afetados pelo agravamento da pobreza, com a taxa de risco a aumentar de 17,1% em 2022 para 21,1% em 2023.
O jovem de 23 anos suspeito de ter esfaqueado mortalmente um turista norte-americano na madrugada de quarta-feira, em Cascais, ficou esta sexta-feira em prisão preventiva.
A Polícia Judiciária (PJ) de Setúbal está a investigar uma denúncia apresentada por uma jovem de 20 anos que afirma ter sido sequestrada por três homens, de quem aceitou boleia na Amadora.
A comunidade indiana tornou-se, este ano, a segunda mais numerosa em Portugal, totalizando 98.616 cidadãos. Até então, esse lugar era ocupado por Angola, que agora ocupa a terceira posição, com 92.348 residentes.
O presidente do Sindicato dos Profissionais da Polícia (SPP/PSP) disse que a manifestação de hoje é o início de vários protestos que os polícias vão realizar "até deixarem de ser discriminados", estando marcado para as próximas semanas outras iniciativas.
A Provedoria de Justiça contesta a fórmula de cálculo usada pelo Instituto da Segurança Social (ISS) para fixar pensões unificadas, considerando que limita “injustamente” o acesso e valor destas prestações, em prejuízo dos cidadãos
Esta semana está a ser sangrenta em Portugal, particularmente na Área Metropolitana de Lisboa. Em menos de 48 horas, três pessoas foram assassinadas e quatro foram internadas em estado grave. “Inqualificável”, diz André Ventura.
Nove em cada 10 Unidades de Saúde Familiar (USF) reportaram no último ano faltas de material básico como vacinas, e quase todas tiveram falhas informáticas, segundo o estudo anual que retrata o estado dos cuidados de saúde primários.