“25 de Abril cumpre-se e nós vamos cumpri-lo”, diz Ventura

Para o Presidente do CHEGA, é essencial lembrar “o país que construímos nos últimos anos” e perceber que “depois de tanto cravo e tanta festa, Celeste morreu sozinha numa urgência do nosso país”.

© Folha Nacional

“Celeste, a mulher que distribuiu cravos, morreu abandonada numa urgência em Portugal”, começou por afirmar o Presidente do CHEGA.

Na sessão solene que assinala o 51.º aniversário do 25 de Abril, na Assembleia da República, André Ventura reforçou: “Não me venham com cravos, venham-me com soluções”, numa crítica dirigida ao Governo liderado por Luís Montenegro e às suas “falsas promessas”.

O líder do CHEGA evocou a figura de Celeste Caeiro, a mulher que distribuiu os primeiros cravos em 1974, por várias vezes durante o seu discurso, para denunciar uma das maiores falhas do Estado: “Celeste morreu abandonada numa urgência em Portugal.” Para o líder do CHEGA, este caso é revelador do país que se construiu nas últimas décadas — um país de promessas não cumpridas, onde os verdadeiros heróis são esquecidos. Para Ventura, é essencial lembrar “o país que construímos nos últimos anos” e perceber que “depois de tanto cravo e tanta festa, Celeste morreu sozinha numa urgência do nosso país”. “Esta Celeste é o exemplo de todas as Celestes”, afirmou.

Abordando ainda o tema da imigração, acusou o Governo de ter permitido a entrada de “milhares e milhões de imigrantes sem controlo, sem sequer saber quem são”.
“De cravo ao peito dizem ‘Celeste sempre’, mas esquecem-se das verdadeiras ‘Celestes’ deste país, quando deixaram entrar todos sem controlo”, criticou.

E concluiu: “50 anos de cravos, 50 anos de Celeste, 50 anos de Abril — para quem vem de fora há direito à saúde, para quem cá está, não há direito a nada. Como dizia Salgueiro Maia: não percam tempo com celebrações do 25 de Abril. O 25 de Abril não se celebra, o 25 de Abril cumpre-se — e nós vamos cumpri-lo.”

Últimas de Política Nacional

Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.