De acordo com a comunicação social, este é o terceiro aumento consecutivo nos preços, num contexto internacional marcado pelo agravamento das tensões no Médio Oriente, em particular entre Israel e Irão. A instabilidade geopolítica tem pressionado o preço do petróleo Brent, que ronda atualmente os 80 dólares por barril — mais 20 dólares do que no início de maio.
Os analistas antecipam que a tendência de subida se mantenha nas próximas semanas, podendo atingir níveis semelhantes aos do verão de 2023. Para encontrar uma escalada de preços semelhante é necessário recuar a agosto de 2022, pouco depois do início da guerra na Ucrânia.
Apesar da subida acentuada, o Governo liderado por Luís Montenegro não anunciou qualquer medida para travar o aumento.
Em reação aos aumentos, o Presidente do CHEGA, André Ventura, acusou o Governo de não cumprir as promessas feitas aos portugueses durante a campanha eleitoral.
“É um erro brutal que, ademais, vai contra aquilo que o próprio PSD defendeu no Parlamento ao longo dos últimos anos”, afirmou Ventura.
O líder do CHEGA defende que qualquer agravamento no preço dos combustíveis será “alvo de firme oposição” por parte do partido no debate do próximo Orçamento do Estado, sublinhando que Portugal “tem uma das maiores pressões fiscais sobre os combustíveis da Europa”.
Ventura acusa ainda o Governo de falhar no compromisso de não aumentar impostos nem contribuir para o aumento do custo de vida, e desafia o Executivo a adotar medidas imediatas para proteger os consumidores.