A paternidade jovem tornou-se um privilégio disponível somente para alguns favorecidos, ou, para aqueles que exalam coragem. Dada a ausência de incentivos, a possibilidade de constituir uma família é vista como um fardo, uma pedra de obstáculo à realização dos sonhos de um qualquer jovem casal.
A família é um projeto impresso no coração dos homens, mas que está distante da alma dos atores políticos portugueses. Felizmente, a verdadeira direita cresce e a mudança será, por isso, uma realidade. Só será possível criar uma nação para o amanhã com famílias fortes e preparadas para enfrentar o dia seguinte.
No dia 3 de Junho o sistema tremeu com a entrada espontânea e frágil do futuro na Assembleia. A simples presença de um bebé na Casa da Democracia (para alguns) fez com que o ódio de marxistas fosse destilado, através de ameaças e mensagens que seriam classificadas, pelos próprios, de “incentivo ao ódio”.
1Ao contrário de outras estruturas, a família difere-se pela sua origem. Esta não resultou da resposta a uma qualquer demanda, não é fruto de uma qualquer evolução ou revolução.
“A família é um refúgio num mundo sem coração”, afirmou Christopher Lasch. É apenas no seio familiar que é possível encontrar os maiores tesouros, e construir uma sociedade mais saudável.
É nesse espaço que assimilamos princípios como compaixão, verdade, amor, justiça, renúncia e disciplina. Num mundo hedonista, a própria capacidade de sacrifício torna-se um tanto mais palpável ao ser expressa quando colocamos as necessidades dos nossos familiares acima das nossas próprias vontades.
Romper com o ciclo de destruição familiar em Portugal é algo que demanda coragem. Disse João Paulo II que “o futuro da humanidade passa pela família”. O jovem tem o direito a sonhar com a sua descendência. O futuro da política em Portugal também.
A política, o serviço ao bem-comum, está ao alcance de qualquer um. Saibamos ocupar o nosso lugar e ter coragem para viver o dia-a-dia. O bebé Duarte, com 3 meses, é prova disso.
