O líder do CHEGA, André Ventura, revelou ter sido alvo de múltiplas ameaças de morte, com mensagens de teor intimidatório que incluiriam expressões como “vais morrer e esta terra há‑de ser nossa”, alegadamente provenientes de grupos ligados a gangs brasileiros e a comunidades ciganas em Portugal.
O Folha Nacional sabe que Ventura tem recebido um “número inqualificável de ameaças”, com menções explícitas à eliminação física do próprio e da sua família. Garantiu ainda que não irá alterar a campanha política nem reforçar a sua segurança privada, reiterando que “não tem medo” e que não pretende “entupir a justiça” com queixas desnecessárias.
Além disso, o presidente do segundo maior partido acusou alguns responsáveis associativos da comunidade cigana de não condenarem os atos violentos alegadamente cometidos por membros dessa comunidade: “Éramos ameaçados de Norte a Sul do país por membros dessa mesma comunidade cigana, que nos cuspiram, atacaram veículos do CHEGA e lançaram morteiros e artigos de pirotecnia perto de mim”.
No entanto, o líder da oposição afirma que não apresentará queixa formal neste momento. Espera que a Procuradoria‑Geral da República e o Ministério Público possam intervir para garantir que nenhum grupo ou minoria se sinta acima da lei, sublinhando que “não se vive em nenhum regime de exceção em Portugal”.
O pano de fundo desta tensão inclui também a abertura de um inquérito por parte do Ministério Público, que investiga vídeos publicados nas redes sociais de André Ventura em que este critica a comunidade cigana, após queixas de incitamento ao ódio apresentadas por dez associações representativas desse grupo étnico.
Recorde‑se que, em Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Vila Real, Ventura já tinha enfrentado confrontos com manifestantes da comunidade cigana, incluindo protestos com insultos verbais, cuspidelas e gritos acusatórios de racismo e fascismo contra si e o CHEGA. Durante as ações de campanha, Ventura defendeu que estas manifestações teriam uma estratégia organizada, sustentando que alguns dos manifestantes estariam “plantados” por partidos adversários ou grupos internos da comunidade cigana.