“Nas últimas 24 horas, 54 pessoas morreram e 227 ficaram feridas em todo o país, sendo que a província do Punjab representa o maior número de vítimas”, disse uma porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres à Agência France Presse (AFP), acrescentando que os dados reportam às 08:00 locais (04:00 em Lisboa).
O departamento meteorológico alertou para um elevado risco de chuvas intensas e possíveis inundações repentinas nas próximas 48 horas.
As autoridades de Rawalpindi, a cerca de 20 quilómetros da capital Islamabad, declararam feriado para hoje, pedindo aos residentes que fiquem em casa.
“Os residentes em zonas de alto risco devem preparar `kits` de emergência com alimentos, água e medicamentos para três a cinco dias”, recomendaram.
Após o transbordo de um rio que atravessa a cidade, alguns residentes foram instados a deixar as suas casas.
De acordo com um porta-voz da Autoridade de Gestão de Desastres, cerca de 180 pessoas, incluindo 70 crianças, morreram e 500 ficaram feridas desde o início das monções de verão, no final de junho.
O Paquistão é um dos países do mundo mais vulneráveis aos efeitos das alterações climáticas e os seus 255 milhões de habitantes estão a viver eventos climáticos extremos com uma frequência crescente.
As monções de verão (entre junho e setembro) trazem 70% a 80% da precipitação anual do Sul da Ásia e são vitais para a subsistência de milhões de agricultores numa região com aproximadamente dois mil milhões de habitantes.
O Paquistão ainda luta para recuperar das devastadoras cheias de 2022, que afetaram quase um terço do país e mais de 33 milhões de pessoas.
Cerca de 1.700 pessoas morreram nessa altura e grande parte da colheita do país foi perdida.