Jornalismo ou armadilha?

O jornalismo político português encontra-se armadilhado e com falta de credibilidade. O episódio na CNN envolvendo o Presidente André Ventura veio confirmar isso mesmo.

Aquilo que deveria ser um espaço de esclarecimento democrático transformou-se numa série de sucessivas armadilhas mediáticas.
Não está em causa a crítica, nem o confronto político em democracia.

O problema surge quando se trata de procurar humilhar o entrevistado só porque é do CHEGA, exibindo um ódio quase pessoal, tentando que ele caia em sucessivas armadilhas. Quando temos um candidato à Presidência da República que entra num estúdio onde ninguém parece interessado em ouvir respostas, o que ali se faz já não é jornalismo. É linchamento público e má-fé.

O modelo adotado por alguns programas — com “comentadores” que usam o adversário como saco de pancada para objetivos subterrâneos — coloca o debate público ao nível mais rasteiro. As perguntas não procuram esclarecimento, mas sim provocar quedas em sucessivas armadilhas. Mas no caso do Presidente Ventura, apesar de tantas tentativas, não conseguiram a queda do candidato, mas apenas a queda da credibilidade da comunicação social a olhos vistos.

Além do mais, é impossível ignorar a diferença abismal de tratamento: o Presidente Ventura é alvo de um escrutínio e violência verbal, roçando o ataque pessoal. Para muitos desses “comentadores”, ele não é o líder da oposição escolhido livremente pelos portugueses. Como não lhes agrada, os portugueses têm que ser manipulados e o Presidente Ventura é tratado como inimigo a abater, antes que as suas ideias cheguem ao eleitorado por vias normais. Ora em democracia não há inimigos, mas apenas adversários. Na ditadura já não é assim…

Os portugueses pagam para merecer muito mais do que isto. Merecem jornalismo verdadeiro, que questione com firmeza, mas sem ódio. Merecem debates sérios que confrontem ideias, não insultos, rasteiras e teatralidades.

Todos temos memória! Vimos como o “Engenheiro” Sócrates até cair em desgraça foi sempre muito bem tratado, tendo sido “comentador” antes de governante. Costa também foi “comentador” e sempre muitíssimo bem tratado. O juiz Rui Rangel também foi “comentador”… Agora temos também Isaltino a “comentar”! Haja maior rigor e seleção!

A democracia vive momentos muito difíceis. A comunicação social tenta calar e armadilhar quem é incómodo. Outros avançam com pedido de ilegalização do partido que os portugueses escolheram livremente para liderar a oposição (não confiaram no PS-BE-PCP) e mesmo com o pedido de prisão do seu incómodo Presidente!

CHEGA de armadilhas & rasteiras!

Editoriais do mesmo Autor

Os bombeiros têm nas suas funções apoiar os cidadãos em situações de grande melindre e aflição. Vemo-los nas situações de incêndios urbanos e rurais, inundações, desencarceramento, substâncias perigosas, transporte de doentes, etc, etc. Tudo situações em que muitos fogem a sete pés! Ora, os Soldados da Paz nunca fogem! Se necessário pagam com a sua vida […]

O PSD já não esconde que as “linhas vermelhas” e o “não é não” só funcionam em relação ao CHEGA, mas só com este, e não com o PS, responsável por três bancarrotas em democracia e episódios lamentáveis de gestão muito duvidosa dos dinheiros públicos. Com esta opção, nomeadamente ao oferecer aos portugueses como solução […]

Decorridos cerca de três meses da entrada em funções do “novo” governo da AD, depois das promessas eleitorais e de os portugueses já terem votado, eis que temos mais do mesmo. O apoio intenso e sem hesitações às pretensões de António Costa para realizar o seu sonho europeu, depois do pesadelo que causou aos portugueses […]

Depois de ter caído o governo socialista, por causas muito mal explicadas por António Costa, e de este ter assumido não ter condições para ser primeiro-ministro – já o sabíamos há muito tempo – agora, já se considera apto e o melhor dos melhores para ser Presidente do Conselho Europeu! E, pasme-se, com o apoio […]

Há pouco tempo, fomos confrontados com o caso das gémeas luso-brasileiras que se deslocaram ao nosso país e com quem o contribuinte português gastou milhões de euros num medicamento inovador, mas num procedimento muito, muito duvidoso. Ao mesmo tempo, ouvimos agora a narrativa de que afinal o Brasil é que é um credor de Portugal […]