Huthis avisam UE que eventual missão no Mar Vermelho é “mais lenha para a fogueira”

Os rebeldes xiitas huthis pediram hoje à União Europeia (UE) que não atire "mais lenha para a fogueira" com uma eventual missão no Mar Vermelho e defenderam uma intervenção para "acabar com os crimes" na Faixa de Gaza.

© D.R.

 

“Em vez de os países da União Europeia se movimentarem para deitar mais lenha para a fogueira, deveriam movimentar-se seriamente para pôr fim aos crimes de genocídio em Gaza, e então pararemos todas as nossas operações militares imediata e automaticamente”, disse Mohamed al-Bukhaiti, membro do gabinete político Huthi, na sua conta oficial na rede social X (antigo Twitter).

As sociedades europeias devem “compreender que os valores morais e humanos são fixos e não mudam em função da nacionalidade e da religião de uma pessoa, e que o tratamento que lhes é dado, com uma seletividade extrema que equivale a uma esquizofrenia, alargará o âmbito das guerras no mundo, que se estenderão à Europa”, acrescentou ainda Mohamed al-Bukhaiti.

Desde 19 de novembro, os huthis têm atacado navios no Mar Vermelho e no estreito de Bab al Mandeb que dizem ter ligações a Israel.

“Só atacamos os navios ligados a Israel, não com o objetivo de os apreender ou afundar, mas com o objetivo de alterar a sua rota para aumentar o custo económico para Israel, como cartão de pressão para que cesse os seus crimes em Gaza e permita a entrega de alimentos, medicamentos e combustível aos seus habitantes sitiados. Trata-se de um ato legítimo, tanto mais que estamos em estado de guerra com Israel”, afirmou.

Mohamed al-Bukhaiti reforçou também que as detenções de tripulantes ou os bombardeamentos de navios no Mar Vermelho não teriam ocorrido caso tivesse havido resposta das tripulações às instruções das forças navais huthis.

Os países da UE apontam para um possível missão naval de natureza defensiva no Mar Vermelho, a fim de proteger os navios mercantes dos ataques dos huthis. No entanto, não está em cima da mesa um ataque ao Iémen, como têm feito os Estados Unidos da América (EUA) e o Reino Unido.

Últimas do Mundo

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, manifestou-se hoje favorável a uma mudança na estrutura militar do país, de forma a “reduzir a burocracia” e a facilitar a gestão das tropas envolvidas na guerra contra a Rússia.
O papa Francisco apelou hoje aos jovens do mundo para não se deixarem contagiar por a ânsia do reconhecimento ou o desejo de serem “estrelas por um dia” nas redes sociais, durante a missa.
Um suspeito foi morto e três polícias ficaram feridos num tiroteio ocorrido esta manhã perto da embaixada de Israel em Amã, capital da Jordânia, num incidente que as autoridades informaram estar controlado.
A Rússia avisou hoje a Coreia do Sul que o uso de armas fornecidas por Seul à Ucrânia para “matar cidadãos russos destruirá definitivamente” as relações entre os dois países.
Carlos Monjardino, presidente da Fundação Oriente, considera que se assiste nos últimos anos, sobretudo desde a chegada de Xi Jinping à presidência chinesa, a "uma certa vontade de acelerar o processo" de 'reunificação' de Macau à China.
O presidente eleito Donald Trump escolheu Russell Thurlow Vought, um dos 'arquitetos' do programa governamental ultraconservador Projeto 2025, para chefiar o Gabinete de Gestão e Orçamento do futuro Governo.
Os Estados-membros das Nações Unidas (ONU) adotaram hoje por consenso uma resolução que visa dar início a negociações formais para a criação de uma convenção sobre crimes contra a humanidade.
Pelo menos quatro pessoas morreram e 33 ficaram feridas num ataque, atribuído a Israel, que destruiu um edifício no centro de Beirute, noticiaram esta manhã os meios de comunicação do Líbano.
O Governo do Laos disse hoje estar "profundamente entristecido" pela morte de seis turistas ocidentais, alegadamente após terem bebido álcool adulterado com metanol em Vang Vieng, uma cidade do noroeste do país, popular entre mochileiros.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, reuniu-se com o próximo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na sexta-feira em Palm Beach, Florida, anunciou este sábado a porta-voz da Aliança Atlântica.