Biden e Trump “esmagam” nas primárias da “Super Terça-Feira” dos EUA

O atual e o ex-presidente dos EUA, Joe Biden e Donald Trump, saíram vitoriosos da “Super Terça-Feira”, arrecadando quase todos os delegados que foram a votos, praticamente garantindo a sua nomeação.

© D.R.

 

Com mais de 80% dos votos já apurados em 13 dos 15 estados e um território desta “Super Terça-Feira”, Donald Trump assegurou já mais 722 delegados republicanos, contra apenas 46 da sua única adversária, a ex-embaixadora Nikki Haley, de acordo com dados divulgados pelos ‘media’ norte-americanos.

No lado democrata, Biden garantiu a vitória em todos os círculos eleitorais, em quase todos com um resultado acima dos 90%, contra os seus adversários a nível nacional, Dean Phillips e Marianne Williamson, tendo obtido um empate com o empresário Jason Palmer, que concorreu localmente no território da Samoa Americana.

Ambos têm já praticamente garantida a sua nomeação para concorrerem como candidatos dos seus partidos às eleições presidenciais de 05 de novembro, com Biden a eliminar qualquer concorrência efetiva e com Trump a ter conseguido já 995 delegados dos 1.215 necessários para assegurar a sua escolha na convenção do Partido Republicano marcada para julho.

Nikki Haley, apesar de tudo, conseguiu evitar que Trump ganhasse em todos os tabuleiros da “Super Terça-Feira”, infligindo uma derrota ao ex-presidente no estado de Vermont, mas angariando apenas 46 delegados, tendo agora um total de 89, o que a deixa praticamente fora da corrida para a nomeação em julho.

Apesar das sucessivas derrotas em 14 dos 15 estados, a porta-voz de Haley, Olivia Perez-Cubas, comentou os resultados dizendo que eles revelam que “há uma parte do partido que continua com sérias dúvidas sobre a competência de Donald Trump” e não dando nenhum sinal de que a ex-embaixadora queira desistir já da corrida.

Trump comentou os resultados a partir da sua casa em Mar-a-Lago, na Florida, apelando à unidade do partido à volta da sua candidatura.

“Queremos unidade. Vamos ter unidade. Isso vai acontecer muito em breve”, declarou Trump, num apelo à desistência de Haley, para evitar dissidências dentro do partido, mostrando-se já apenas focado em confrontar Biden nas presidenciais.

No lado democrata, em reação aos resultados provisórios, Biden também se mostrou já focado na repetição do embate contra Trump em novembro, mostrando-se preocupado com aquilo que representa o seu adversário republicano, e desvalorizando o facto de alguns eleitores democratas continuarem a optar por colocar a cruz na opção “não comprometido”, revelando que não está confortável com nenhum dos candidatos do partido.

“A minha mensagem para o país é esta: cada geração de americanos enfrentará um momento em que terá de defender a democracia. Defendam a nossa liberdade pessoal. Defendam o direito de voto e os nossos direitos civis. A todos os democratas, republicanos e independentes que acreditam numa América livre e justa: este é o nosso momento. Esta é a nossa luta. Juntos, vamos ganhar”, disse Biden.

Últimas de Política Internacional

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, vai na quinta-feira ser ouvido numa comissão de inquérito parlamentar sobre suspeitas de corrupção no governo e no partido socialista (PSOE), num momento raro na democracia espanhola.
A Venezuela tem 1.074 pessoas detidas por motivos políticos, segundo dados divulgados na quinta-feira pela organização não-governamental (ONG) Encontro Justiça e Perdão (EJP).
Na quarta-feira, o primeiro governo liderado por uma mulher em Itália cumpre três anos de mandato (iniciado a 22 de outubro de 2022).
A Polónia aprovou uma nova lei que isenta do pagamento de imposto sobre o rendimento todas as famílias com pelo menos dois filhos e rendimentos anuais até 140 mil zlótis (cerca de 33 mil euros).
O Parlamento Europeu (PE) adotou hoje legislação que facilita a retirada do direito de viajar sem visto para a União Europeia (UE) a partir de países que apresentem riscos de segurança ou violem os direitos humanos.
A Comissão Europeia disse hoje apoiar o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para acabar com o conflito em Gaza, quando se assinalam dois anos da guerra e negociações indiretas estão previstas no Egito entre Israel e o Hamas.
O primeiro-ministro francês, Sébastien Lecornu, apresentou hoje a sua demissão ao Presidente, Emmanuel Macron, que a aceitou, anunciou o Palácio do Eliseu num comunicado, mergulhando a França num novo impasse político.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, vai encontrar-se com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, ao início da tarde, em Copenhaga, na Dinamarca, para uma reunião bilateral.
A presidente da Comissão Europeia saudou hoje o plano do Presidente norte-americano, Donald Trump, para terminar com a guerra em Gaza e que já tem aval israelita, indicando que a União Europeia (UE) “está pronta para contribuir”.
O partido pró-europeu PAS, da Presidente Maia Sandu, venceu as eleições legislativas na Moldova com mais de 50% dos votos, e deverá manter a maioria absoluta no Parlamento, segundo resultados oficiais após a contagem de 99,52% dos votos.